Combate às desigualdades vai integrar prioridades de prevenção de riscos no G20

Após a conclusão da reunião do Grupo de Trabalho de Redução de Risco de Desastres do G20, realizado por videoconferência nos dias 27 e 28, o chair e o co-chair do Grupo,respectivamente Wolnei Wolff Barreiros, Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Guilherme Simões, Secretário das Periferias do Ministério das Cidades, participaram nesta quarta-feira (28) de uma coletiva de imprensa para fazer um balanço da reunião.

O Brasil preside o G20 neste ciclo e, assim, assume também a presidência desse grupo de trabalho. A agenda tem grande importância para o governo brasileiro, abordando a redução de riscos do ponto de vista da prevenção, atribuição direta do Ministério das Cidades, e do atendimento a catástrofes, atribuição mais direta do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

Foram dois dias de reunião com os membros do G20, membros convidados e organizações internacionais que tratam do tema. De acordo com o secretário Simões, essa primeira reunião foi de apresentação das prioridades do governo brasileiro para este mandato. “Foi produtivo e importante, com uma novidade que vem como contribuição direta do Ministério”, apontou. “Anunciamos seis prioridades, cinco já apontadas pelo mandato anterior, mas o Brasil traz como apontamento prioritário também, a partir da determinação do presidente Lula, o combate às desigualdades e a redução das vulnerabilidades, entendendo que isso faz parte direta da agenda de prevenção de riscos de desastres no país.”

Segundo o secretário, a maior parte das pessoas que sofrem com desastres são pessoas vulneráveis, que vivem em territórios vulneráveis, como periferias, favelas, e beiras de rios e encostas. “Levar infraestrutura para essas regiões é fundamental, pois as pessoas não vivem nessas áreas porque querem, mas porque precisam”, disse. “O Estado brasileiro tem responsabilidade em relação a isso e precisa mitigar a possibilidade de desastres e perdas. Introduzimos essa prioridade, apontada pelo presidente, não apenas para este grupo de trabalho, mas para a política como um todo: combate à fome, à pobreza, e desenvolvimento sustentável.”

Essa prioridade foi muito bem acolhida no G20, de acordo com o secretário; trata-se de um grupo amplo com muitos participantes do sul global, que conhecem bem o tema das desigualdades e priorizam o combate a elas. “Isso foi bem recebido tanto pelos países que sofrem com desigualdades estruturais quanto pelos mais ricos, pois o combate às desigualdades é importante para o desenvolvimento sustentável de todas as nações”, concluiu.

Os próximos passos incluem outras reuniões, como uma nova reunião virtual em maio e um encontro presencial no Rio de Janeiro e depois em Belém, com uma reunião ministerial de nível elevado para sintetizar o que foi discutido e tomar decisões objetivas a partir desse acúmulo de experiências.

Por: Ministério das Cidades