Conselho de Participação Social debate novas políticas públicas nos territórios
Formado por representantes de sete ministérios, Grupo Técnico de Trabalho Interministerial detalhou resultado parcial dos sete encontros realizados
O Conselho de Participação Social recebeu uma demonstração do que está sendo realizado pelo Grupo Técnico de Trabalho Interministerial sobre a Integração das Políticas Públicas com Participação Social e Educação Popular nos Territórios e propôs um debate com os movimentos sociais para traçar o cenário da participação social nos territórios. Ao mesmo tempo, o GTT, coordenado pela Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, segue na elaboração do relatório final que deverá ser aprovado em março.
Durante o encontro, realizado na última quinta-feira (8/2), o Secretário Nacional de Participação Social, Renato Simões, apresentou os resultados das discussões sobre territorialização de políticas públicas. Ele relacionou as principais ideias debatidas pelo GTT para a construção de uma política de Participação Social com Educação Popular nos Territórios. O encontro teve a participação da secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort.
Renato Simões apresentou um diagnóstico de que as políticas públicas chegam nos territórios de forma desigual e desarticulada, impactando de forma negativa a qualidade dos serviços públicos e a percepção da sociedade sobre o que recebe. Neste cenário, os usuários e os beneficiários não são vistos como sujeitos na elaboração, implementação, monitoramento e controle social. O GTT levantou ainda os prejuízos na qualidade do gasto público.
O Conselho de Participação Social também recebeu informações sobre as propostas do GTT para integração e articulação territorial e para participação social nas políticas públicas.
Foi indicada a necessidade de critérios para definição dos territórios, construção de um conceito de território capaz de garantir melhoria na política pública respeitando a diversidade e os territórios existentes, e valorizando o território de identidade com participação na construção.
Na apresentação foi detalhada a proposta de participação social com educação popular nos territórios com recursos para elaboração, implementação, monitoramento e controle social de todas as políticas públicas do governo federal.
Para o secretário, a participação social com educação popular nos territórios deve contribuir para a articulação e efetividade das políticas públicas. Em consequência, para aumentar a qualidade dos serviços públicos e ampliar a participação da sociedade.
Grupo Técnico de Trabalho
O Grupo Técnico de Trabalho Interministerial sobre a Integração das Políticas Públicas com Participação Social e Educação Popular nos Territórios realizou o sétimo encontro, nesta quarta-feira (07), com apresentações da Subsecretaria de Programas de Infraestrutura e Planejamento Territorial da SEPLAN (Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento e Orçamento), da Diretoria de Articulação Intersetorial da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE) do Ministério da Educação, e da Coordenação de Geografia do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os representantes dos órgãos federais apresentaram diagnósticos do alcance das políticas públicas nas suas áreas de atuação considerando a necessidade de mapear a oferta das ações e programas do governo federal nos territórios.
Eles apresentaram dados para mostrar a desigualdade na distribuição das políticas públicas e a falta de diálogo entre os ministérios e outros órgãos públicos responsáveis pelas iniciativas governamentais federais, estaduais e municipais em um mesmo território. Nas discussões sobre territorialidade das políticas públicas os participantes avaliaram essencial o esforço para construir um conceito de território que dê conta da diversidade das formações populacionais, culturais e geográficas brasileiras.
Uma fala da professora Aldaíza Sposati revela a pertinência da discussão sobre territorialidade, que não se resume a marcar um pedaço de chão: “É preciso avaliar a vida que está sobre a terra. Tem gente! Tem humano!”, afirmou.
O GTT é coordenado pela Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, formado por representantes de sete ministérios.
Nas próximas semanas, os integrantes vão preparar o relatório final do Grupo, com recomendações e propostas de atos normativos, para ser votado em março. Em seguida, o relatório será entregue para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, que o encaminhará aos outros ministérios e à Presidência da República.
Por: Secretaria-Geral da Presidência da República
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