Consulta pública sobre comunicação antirracista é encerrada com mais de 400 contribuições
Sugestões serão discutidas pelo GTI que vai elaborar o Plano de Comunicação Antirracista da Administração Pública
A consulta pública aberta pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), formado para elaborar o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, recebeu 400 contribuições, desde o início de suas atividades em novembro do ano passado. A consulta foi encerrada em 20 de janeiro e as contribuições serão levadas para discussão no GTI.
Sustentabilidade de mídias negras, racismo digital, capacitação em letramento racial e formação antirracista para servidores públicos e comunicadores, investimento em comunicação, realização de campanhas de diversidade que contemplem raça, gênero e etnia, ampliação das mídias independentes, maior representatividade negra nas peças publicitárias governamentais são algumas das considerações apontadas.
A iniciativa, que é uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República surgiu da necessidade latente de implementação de políticas públicas que combatam as desigualdades étnico-raciais no âmbito da comunicação pública e governamental.
O grupo foi formado por membros titulares e suplentes do Ministério da Igualdade Racial e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e busca atender a uma demanda histórica de necessidade de uma comunicação mais inclusiva, respeitosa e que não reproduza estereótipos que reforcem o racismo.
O trabalho do GTI agora dará continuidade na construção de uma proposta que promova a diversidade racial em campanhas publicitárias e patrocínios do Estado, o diálogo com a sociedade e veículos de comunicação, o apoio técnico a novas diretrizes e políticas voltadas ao tema, a formação para porta-vozes, servidores e prestadores de serviço e o fortalecimento de mídias negras.
O documento final prima pela implementação de políticas públicas que combatam as desigualdades étnico-raciais, as características da população brasileira, as demandas democráticas por equidade e a contínua necessidade de aprimoramento das políticas públicas implementadas.
Por: Ministério da Igualdade Racial (MIR)
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