O Rio Acre atingiu o segundo maior nível da história no município de Xapuri (AC). Segundo o Boletim de Alerta Hidrológico divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), a cota registrada foi de 16,43 m, e a tendência é de aumento nas próximas horas. Esta marca ultrapassou os 15,71 m registrados em 1979, ficando atrás apenas do recorde de 2015, quando o rio alcançou 18,24 m na cidade. Xapuri é um dos municípios que tiveram a situação de emergência declarada pelo governo federal devido às enchentes.

Diante desse cenário, o SGB realiza monitoramento contínuo, como explicou o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico, Artur Matos: "O SGB tem acompanhado a situação e emitido boletins com previsões que auxiliam as defesas civis e os órgãos municipais nas atividades de prevenção e apoio às populações afetadas por inundações".

A capital Rio Branco (AC) também registrou elevação dos níveis, atingindo a cota de 16,86 m, com previsão de ultrapassar os 17 m. Em 2023, a cidade registrou 17,77 m neste mesmo período, a segunda maior cheia da história. Em Assis Brasil (AC), houve recuo e o rio alcançou 5,71 m – dos municípios monitorados pelo SGB, este é o único onde o rio está abaixo da cota de inundação.

Na cidade de Brasiléia (AC), o nível do rio reduziu e ficou na marca de 15,18 m após alcançar uma máxima histórica. "O monitoramento já indica uma redução de nível do rio no município de Brasiléia de mais de 40 cm desde o pico que ocorreu na quarta-feira (28), no período da tarde. Foi uma cheia histórica com o maior nível já registrado na cidade desde o início do monitoramento em 1983, com a cota de aproximadamente 15,62 m – o valor exato ainda precisa ser aferido em campo", explicou Artur Matos.

Boletim de Alerta Hidrológico

Os boletins de alerta hidrológico da Bacia do Rio Acre, gerados a partir da operação do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH), apresentam os níveis das estações de Assis Brasil, Brasileia/Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco. Para Xapuri e Rio Branco, o SGB também gera previsões sobre os níveis que o rio deve atingir, possibilitando antecipar o cenário nessas cidades.

Por: Serviço Geológico do Brasil