Governo Federal lança parceria de R$ 5 milhões em Alcântara (MA) e ouve demandas da comunidade local
Ministros reafirmaram a importância da participação das comunidades no GTI que trata de Alcântara.
Uma comitiva do Governo Federal esteve na comunidade de Canelatíua em Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de um Termo de Execução Descentralizada entre o Ministério da Igualdade Racial e o Instituto Federal do Maranhão e para ouvir as demandas das comunidades do território étnico de Alcântara nesta segunda-feira (26).
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco esteve acompahada do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e do Advogado-Geral da União, Jorge Messias. Os ministros foram recebidos no estado pelo governador Carlos Brandão, pelo prefeito de Alcântara, Nivaldo Araújo e pelo reitor do IFMA, Carlos Teixeira.
O TED prevê um investimento inicial de R$ 5 milhões para o fortalecimento de seus sistemas produtivos a partir de um método patenteado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O projeto prevê a integração de várias atividades como criação de galinhas e peixes, compostagem e vermicompostagem e horticultura.
Para a ministra, o anúncio do investimento vai muito além do fomento. “Eu acredito muito na luta coletiva e que com esse dinheiro a gente vai consegguir fomentar. Mas é muito mais do que isso. É garantir dignidade liberdade, direito de futuro para a comunidade que está aqui presente”, disse a ministra.
Representante do Movimento dos Atingidos pela Base, Dorinete Serejo Moraes, apresentou a principal demanda dos quilombolas. “Nossa pauta principal é titulação integral do território étnico quilombola de Alcântara. Esse é o nosso maior objetivo”.
Grupo de Trabalho Interministerial
Outra questão importante abordada pelos ministros durante a visita foi a necessidade de que as organizações que saíram do GTI que discute o conflito existente entre os quilombolas de Alcântara e o Centro de Lançamento Alcântara, retornem ao grupo.
“Quando fazemos esse pedido para que voltem para o grupo, é porque ninguém pode falar por vocês, a construção tem que ser coletiva e com vocês”, disse Anielle ao conclamar os representantes das comunidades a retornarem para o GTI que discute a questão de Alcântara.
“São 40 anos que vocês estão convivendo com um profundo descaso do poder público. Quando o presidente Lula criou este grupo interministerial, ele criou com um propósito: ele quer solucionar, de uma vez por todas, a questão das comunidades quilombolas de Alcântara trazendo a dignidade que as comunidades tanto precisam”, disse o ministro da AGU, Jorge Messias a respeito do GTI.
Os movimentos devem dar uma devolutiva sobre o retorno ou não ao grupo de trabalho interministerial após dialogarem com as comunidades.
Por: Ministério da Igualdade Racial (MIR)
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