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Lula: Novo PAC destina R$ 121,4 bilhões a Minas Gerais

Em entrevista à Rádio Itatiaia, presidente destaca investimentos em transporte e educação em Minas Gerais e o plano de doação de terrenos não utilizados pela União

08/02/2024 12:06
Lula: Novo PAC destina R$ 121,4 bilhões a Minas Gerais
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concedeu entrevista à Rádio Itatiaia, conduzida pela jornalista Edilene Lopes, nesta quinta-feira, 8 de fevereiro. Entre os vários assuntos abordados, Lula enfatizou os investimentos previstos no Novo PAC para o estado de Minas Gerais para os próximos anos.

Eu quero deixar claro para toda a população de Minas cada coisa que vamos fazer na área da saúde, da educação, do transporte, da energia, da agricultura. Queremos que o povo saiba o que a gente está se propondo a fazer para que o povo de Minas possa cobrar a gente nos próximos meses"

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

“Nós vamos apresentar um PAC que destina a Minas Gerais R$ 121,4 bilhões. Desses, R$ 36 bilhões são só dentro de Minas, o restante é nas fronteiras e em conjunto com outros estados. Nós vamos, no transporte, fazer um investimento de R$ 4 bilhões aqui”, afirmou.

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O Governo Federal também vai investir na construção de novos institutos federais em Minas, como parte do plano de criar cem novas unidades no país. “Eu e a Dilma fizemos 44 institutos federais aqui. Vou anunciar mais oito em Minas Gerais”, antecipou.

Na conversa, Lula também reforçou o compromisso de isentar o pagamento de imposto de renda dos brasileiros que ganham até R$ 5 mil até o fim do  mandato. O presidente falou ainda sobre a intenção de doar parte do terreno abandonado do Aeroporto Carlos Prates para a prefeitura de Belo Horizonte (MG) utilizar em prol da população mineira.

“Nós vamos dar pelo menos 17% dessa área para a prefeitura. O restante a gente vai discutir que políticas públicas fazer para que a gente possa dar vida àquilo”, disse. “Nós estamos numa política de fazer doação de todos os terrenos públicos existentes no Brasil que nós não utilizamos”, completou.

Confira abaixo alguns trechos de respostas do presidente

ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA — Eu fiz uma Medida Provisória na segunda-feira garantindo que quem ganha até dois salários mínimos não pague imposto de renda. Mas nós vamos a cada ano fazer, até chegar a R$ 5 mil no final do meu mandato. Eu estou definindo que o rico tem que ir para o Imposto de Renda e que o pobre tem que ir para o orçamento da União, eu estou convencido disso e nós vamos conseguir.

DEMOCRACIA — Houve uma tentativa de golpe, uma política de desrespeito à democracia, uma tentativa de destruir uma coisa que nós construímos há tantos anos, que é o processo democrático. Essa gente tem que ser investigada. Nós queremos saber quem financiou, quem pagou, quem financiava os acampamentos, para que a gente nunca mais permita que aconteça o ato que aconteceu no dia 8 de janeiro.

RECONSTRUÇÃO — Tivemos o ano de 2023 em que fizemos a preparação da terra. No mês de janeiro, convidei todos os governadores dos estados brasileiros para que fossem a Brasília, porque queria fazer um novo PAC. Eu queria pegar as obras prioritárias de cada estado e queria que os governadores dissessem quais as obras prioritárias dos estados. Depois, os 27 governadores prepararam os projetos. Depois, os prefeitos prepararam os projetos. Depois, fizemos o plano do Minha Casa, Minha Vida e pedimos para os prefeitos participarem. Todo mundo se inscreveu, todo mundo participou e agora estamos começando a colher aquilo que plantamos.

MENSAGEM — Eu venho a Minas Gerais para dizer o seguinte: eu quero deixar claro para toda a população de Minas Gerais cada coisa que vamos fazer em Minas a partir de 2024, o que já foi feito em 2023 e qualquer coisa que eu precisar fazer na área da saúde, na área da educação, na área do transporte, na área da energia, na área da agricultura. Nós queremos que o povo saiba o que a gente está se propondo a fazer para que o povo de Minas possa cobrar a gente nesses próximos meses, nesses próximos anos.

NOVO PAC — Vamos apresentar um PAC que destinou a Minas Gerais R$ 121,4 bilhões. Desses, R$ 36 bilhões são só dentro de Minas, o restante é nas fronteiras e em conjunto com outros estados. Vamos, no transporte, fazer um investimento de R$ 4 bilhões aqui. Minas é a segunda malha federal mais importante, estava totalmente abandonada. No governo passado, tinha sido investido apenas R$ 222 milhões. Nós investimos no primeiro ano R$ 557 milhões, e o ministro Renan vem aqui para apresentar tudo que está preparado para se fazer na malha rodoviária de Minas Gerais. Como vem o ministro de Minas e Energia para dizer tudo que vai ser feito na área de energia, como vem a ministra da Saúde para dizer tudo que vai acontecer na área da saúde, como vem o ministro da Educação para dizer tudo que vai acontecer na área da educação e o ministro Rui Costa faz um fecho mostrando tudo que o PAC colocou de importante. Grande parte dessas medidas ditas pelo próprio governo de Minas Gerais, que é quem nós ouvimos para discutir as prioridades dos estados. O PAC está “nu” diante do povo de Minas Gerais para que eles possam investigar, para que eles possam cobrar, para que eles possam acompanhar.

EDUCAÇÃO — Eu e a Dilma fizemos 44 institutos federais aqui. Eu vou anunciar mais oito institutos federais em Minas Gerais. Na história inteira, Minas Gerais só teve 22. Nós, em poucos anos, já vamos fazer ao todo 50 institutos federais em Minas Gerais. E ainda é preciso fazer muito mais porque Minas é muito grande.

OBRAS RETOMADAS — Herdamos o país com milhares e milhares e milhares de obras paradas. Hoje, tenho ido inaugurar casa que era para estar pronta em 2011, tenho ido inaugurar a casa que era para estar pronta em 2016. As casas que não foram construídas ficaram paralisadas, as pessoas roubaram as coisas que estavam dentro da casa, então tem que fazer um novo orçamento e construir uma coisa que já era para estar pronta. Foram 187 mil casas que ficaram paralisadas nesse país e semidestruídas. Então estamos começando um programa de 2 milhões de novas residências nesse país, pactuada com os prefeitos.

ÁREA CEDIDA À PREFEITURA — Você tem uma área de praticamente 547 mil metros quadrados abandonada lá [no Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte]. Nós vamos dar pelo menos 17% dessa área para a prefeitura. E o restante a gente vai discutir que políticas públicas fazer para que a gente possa dar vida àquilo. Podem ser feitas muitas coisas de interesse da população. Daquilo pode ser feito hospital, posto de saúde, escola, parque, habitação popular. Nós vamos conversar hoje com o prefeito e o Governo Federal tem interesse em fazer investimentos na outra área.

DOAÇÃO DE TERRENOS — Nós estamos numa política de fazer doação de terrenos públicos existentes no Brasil, velhos, tem muitos prédios abandonados, tem 3.000 residências do INPS abandonadas, ou seja, temos que fazer uso dessas coisas. Tem palafitas que são terras da União e não tem por que você não fazer a doação dessa terra, dar os títulos para as pessoas virarem proprietárias. A União não tem que ficar sendo dona de coisa que não tem utilização. Nós vamos apresentar um projeto de fazer doação e utilização de todas as terras públicas que nós não utilizamos.

NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS — Eu fiquei feliz quando o presidente do Senado apresentou a proposta junto com o ministro Alexandre Silveira. Essa proposta está neste momento no Ministério da Fazenda, o Haddad está estudando, ele também demonstrou interesse nessa proposta. A hora que a Fazenda der o ok nós vamos, então, conversar com o governador para saber se é possível um acordo. O que queremos é um acordo porque não interessa a nós termos estados endividados, sem capacidade de investimento.

Por: Planalto
 
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