Ministério da Gestão recebe representantes de catadores de recicláveis

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), por meio da Secretaria do Patrimônio da União, recebeu os representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais (Ancat). O objetivo do encontro foi estabelecer as prioridades dessa comunidade, a fim de destinar, por meio do projeto de democratização de imóveis da União, espaços que atendam às demandas do grupo.

A representante da Comissão Nacional Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Aline Sousa da Silva, apresentou a necessidade de a comunidade ter um espaço para os projetos educacionais e de entretenimento que são desenvolvidos. “É importante para nós termos a Escola de Formação dos Catadores do Distrito Federal e o centro de entretenimento, pois a gente faz diversos eventos para os catadores, como, por exemplo, o FutCop, que é o campeonato de futebol entre as cooperativas. Esse seria um espaço multifuncional em que a gente conseguiria, de forma otimizada, levar não apenas entretenimento, mas também cursos para as catadoras que não conseguissem mais trabalhar na triagem. Assim, elas poderiam migrar da triagem para um polo de costura, por exemplo”, complementou Aline.

Para Alexandro Cardoso, representante da Comissão Nacional do MNCR, a comunidade sente falta de um espaço em que possam organizar as pautas e diálogos entre os catadores. “Gostaríamos de ter um espaço que possa servir como escola, alojamento para militância, reuniões, para a gente dialogar com a sociedade. Nossa pauta é bem expansiva, é grande e dialoga com vários setores da sociedade” explicou.

Após ouvir as demandas apresentadas pelos representantes das catadoras e catadores, o secretário-executivo adjunto do MGI, Adauto Modesto, ressaltou a relevância do diálogo e o comprometimento do governo em atender às demandas da comunidade de catadores.

“É importante a gente detalhar as ideias do programa de democratização, que o presidente determinou que fosse pactuado e implementado neste ano. Esse plano (de democratização dos imóveis públicos) vai trazer ganho em relação à sistemática atual. A gente vai ampliar e aprofundar os canais de diálogo e escuta dos movimentos e suas demandas, para racionalizar o uso de imóveis da União. Haverá um conjunto de diretrizes e orientações emanadas por um comitê interministerial”, explicou Adauto.

“A ideia é a de que cada estado tenha um fórum de diálogo, para que os movimentos possam apresentar suas demandas e, num primeiro momento, nossa SPU local, de acordo com as diretrizes emanadas dessa comissão interministerial, vai analisar e dar prioridade para determinados fins”, acrescentou o secretário-executivo.

Diálogo

A secretária adjunta do Patrimônio da União, Carolina Stuchi, secretaria que está à frente do programa de democratização de imóveis, ressaltou a importância do diálogo e da estruturação dos projetos, pois é a partir disso que a SPU poderá fazer o alinhamento entre os imóveis disponíveis e as necessidades apresentadas.

“Hoje temos um cadastro de 740 mil imóveis. Esse fórum de diálogo é essencial para qualificar o tipo de imóvel que está disponível, em qual localização faz sentido (para a comunidade), se é imóvel vazio, um edifício construído, se é no centro da cidade... A gente vai precisar entender as características, dialogar sobre as necessidades e entender as viabilidades, dentro das prioridades apresentadas”, afirmou Carol Stuchi.

Compromisso

Diante das necessidades apresentadas, a Escola de Formação dos catadores foi apresentada como prioritária. “Vocês trouxeram demandas bem concretas, como, por exemplo, a demanda da Escola (de formação de catadoras e catadores). Vamos fazer um grupo para pensar a escola e começar a viabilizar esse projeto. Vamos montar essa pauta para começar a ter entregas concretas”, afirmou a secretária adjunta da SPU.

A partir do diálogo com o MNCR e a Ancat, o MGI assumiu o compromisso de montar um grupo de trabalho que terá como foco a viabilização da Escola Nacional de Formação de Catadores e Catadoras, que ficará sediada no Distrito Federal.

Por: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)