Ministro da CGU reforça agenda anticorrupção com países da União Africana

Em missão internacional na Etiópia (África), por ocasião da 37ª Cúpula da União Africana, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, concedeu entrevista à imprensa, nesta sexta-feira (16/2), e ressaltou a importância da troca de experiências e experimentos entre os países para a gestão pública.

Na entrevista, Vinícius de Carvalho destacou que a CGU está conduzindo o grupo de trabalho anticorrupção do G20, comandado pelo Brasil neste ano. “Viemos buscar aqui uma conversa mais intensa com a União Africana para ver como podemos contribuir e como eles podem auxiliar no fortalecimento dessa agenda de enfrentamento à corrupção”, justificou.

“Ações que deram certo no Brasil em matéria de auditoria e avaliação de políticas públicas podem interessar outros países. Um exemplo dessa cooperação é a CGU poder disponibilizar o programa de análise de licitações em contratos (ALICE)”, pontuou o ministro da CGU.

Carvalho ressaltou que o software Alice analisa as licitações na medida em que elas vão sendo feitas. “E se identificarmos nessas licitações algum problema que mereça ser corrigido, o programa detecta antes da licitação ser realizada. Isso pode ser corrigido, obviamente, poupando recursos públicos”, defendeu.

O ministro da CGU acompanha o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, à África. Nesta sexta-feira, Vinícius de Carvalho foi recebido pelo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed e participou da cerimônia de oferenda floral em homenagem aos heróis caídos na batalha de Ádua. Em seguida, visitou o Museu Memorial de Ádua, na cidade de Adis Abeba.

A comitiva brasileira é composta pelos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Anielle Franco (Igualdade Racial), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).

ALICE
O robô Alice foi criado pela CGU e é capaz de identificar eventuais desvios e potenciais problemas nos processos licitatórios, muitas vezes antecipando-se aos eventos e permitindo a correção oportuna durante a execução da licitação.

Desde 2020, o Alice já economizou R$ 1,1 bilhão dos cofres públicos alertando para compras suspeitas da União, dos estados e prefeituras.

Por: Controladoria-Geral da União (CGU)