Inaugurado primeiro terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) do estado do Pará
Gás natural é essencial para a segurança energética do Norte do Brasil, além de substituir outras fontes fósseis, como o diesel e o carvão mineral
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta quarta-feira (28/2) da inauguração de terminal de gás natural liquefeito (GNL) na cidade de Barcarena, no Pará. Para ele, o papel do gás natural é essencial para a segurança energética do Norte do Brasil, além de substituir outras fontes fósseis com menor pegada de carbono, ou seja, com menos emissões de gases de efeito estufa.
"Estamos registrando uma nova era energética para a região Norte do Brasil. Além de atender às necessidades energéticas da vasta atividade industrial e econômica concentrada nesta região, o terminal também irá ajudar a levar energia mais limpa e sustentável para a Bacia do Rio Amazonas. Esta iniciativa aqui em Barcarena torna o estado do Pará um dos líderes da descarbonização do país. É o reflexo de um setor que estamos estruturando, garantindo eficiência e segurança jurídica para atrair novos investimentos", destacou o ministro.
Ao todo, foram investidos no terminal de abastecimento de GNL cerca de R$ 280 milhões em instalações capazes de regaseificar 15 milhões de m³/dia. A instalação consiste em um terminal em terra e uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU em inglês) em alto-mar.
Ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, Silveira ressaltou o trabalho de descarbonização que está sendo realizado pelo governo do presidente Lula. “Este terminal de GNL está estrategicamente localizado na verdadeira foz do rio Amazonas. Aqui, hoje, demonstramos a nossa responsabilidade ambiental, descarbonizando e substituindo o óleo pesado e o carvão. Agora, temos uma importante fonte de abastecimento de gás natural nesta região, operada de maneira ambientalmente adequada. É mais um passo para a descarbonização da nossa Amazônia”, comemorou.
A Unidade Termelétrica (UTE) Novo Tempo, em Barcarena, atraiu mais de R$ 1 bilhão em investimentos, gerando mais de 8 mil empregos diretos e indiretos. Apenas com a substituição do combustível usado na geração de energia, 30% menos CO2 será emitido na atmosfera. Além disso, a UTE será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) colaborando, ainda mais, com a robustez de um dos maiores e mais confiáveis sistemas do planeta.
“Com o programa Gás para Empregar, forneceremos gás natural para setores estratégicos para o Brasil. Vamos aumentar a oferta de gás natural e de biometano no país. Estamos estruturando o setor, tornando-o mais eficiente e garantindo segurança jurídica para atrair novos investimentos. A inauguração do terminal de GNL em Barcarena é a concretização deste trabalho. Teremos mais competitividade da indústria nacional”. Disse Silveira.
A partir do ano que vem, o combustível também será usado como alternativa ao carvão mineral em uma termelétrica, reduzindo consideravelmente a pegada de carbono tanto da geração de energia quanto dos processos industriais.
“Queremos a nova indústria verde. Queremos iniciativas que substituam o óleo pesado por gás natural, reduzindo a emissão de co2. Queremos que as caldeiras antigas sejam substituídas por caldeiras elétricas. E que essa energia venha das hidráulicas, da eólica, da solar. Queremos as inovações que estão sendo estudadas para substituir o carvão por sementes de açaí. Essa é a nova indústria verde. O Brasil é, sem dúvida, o protagonista mundial da transição energética justa e inclusiva”, finalizou Alexandre Silveira.
O terminal inaugurado hoje faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, com investimentos de R$ 2,5 bilhões e financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, do quais R$ 1,4 bilhão já foram desembolsados. O projeto foi estruturado no banco, por meio da linha BNDES Finem. A previsão de inauguração da usina é em julho de 2025. A iniciativa apoiada pelo BNDES abrange ainda a construção de uma linha de transmissão de cerca de cinco quilômetros de extensão para conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional de energia.
“Por substituir as usinas de geração a diesel, mantendo a estabilidade do sistema interligado brasileiro, as termelétricas a gás têm um papel relevante na transição energética”, comenta a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacando que cerca de 90% da geração elétrica baseada em fontes limpas.
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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