Brasil: 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome em 2023, indica estudo
Pesquisa do Instituto Fome Zero mostra ainda que 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada em 2023. O dado representa redução de 30% da insegurança alimentar total (grave e moderada) no país
Estudo do Instituto Fome Zero (IFZ) mostra que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil e 20 milhões de deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada em 2023. Os números representam uma redução de 30% da insegurança alimentar total (grave + moderada) no País. "O Governo Federal está trabalhando para tirar o Brasil do Mapa da Fome mais uma vez", resumiu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, numa postagem sobre a pesquisa em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) .
O estudo, solicitado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome ao IFZ, estimou o impacto do aumento do salário mínimo e dos repasses do Programa Bolsa Família sobre a população brasileira no primeiro ano do governo Lula, comparando microdados da PNAD do primeiro trimestre de 2022 com os do último trimestre de 2023.
O resultado mostrou uma diminuição de 20 milhões de pessoas que sofriam de insegurança alimentar grave e/ou moderada e uma redução de 8 milhões no número de pessoas com insegurança alimentar grave em apenas um ano de governo Lula, representando uma diminuição da insegurança alimentar no Brasil de 30%. O nível de insegurança alimentar grave voltou aos patamares de 2020, antes da pandemia.
“Embora ainda haja um longo caminho pela frente, o acerto das medidas de aumento do valor do salário mínimo e dos repasses do programa Bolsa Família, bem como a redução da inflação dos alimentos, demonstram que estamos no caminho certo para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome”, afirma José Graziano, diretor geral do IFZ.
Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome, Wellington Dias, a retomada do Programa Bolsa Família foi fundamental para que esses resultados fossem alcançados. “O Bolsa Família não é só transferência de renda, é uma política de vida”, enfatizou. “Com o novo Bolsa Família, há o modelo de transferência de renda, mas levando em conta o tamanho da família e a sua composição, onde há crianças, o valor per capita é maior. Consequentemente, as pessoas estão conseguindo voltar a ter acesso ao alimento de qualidade”, completou.
A estimativa feita pelo IFZ, a partir de modelos matemáticos, procurou sanar a atual carência de informações existentes sobre os níveis atuais de insegurança alimentar e nutricional da população brasileira. Segundo o Instituto, uma nova aferição específica será possível através da aplicação da EBIA pelo IBGE em escala nacional numa das suas pesquisas regulares, o que deverá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2024.
Por Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)
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