“Ser mulher é uma categoria política das mais relevantes”, diz Silvio Almeida em evento alusivo ao 8 de março no MMA
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania foi convidado para cerimônia que lançou o Plano de Letramento em Identidades de Gênero, Raça e Diversidade
A convite da ministra Marina Silva, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participou nesta sexta-feira (8) da cerimônia de celebração do Dia Internacional da Mulher realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Durante o evento, o titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) provocou reflexões acerca da data e rememorou a luta daquelas que atuaram para garantir e ampliar espaços e direitos básicos para outras, destacando que muitas entregaram a própria vida na busca pela equidade. “É um dia de comemoração, mas no sentido de lembrar. Fazer um exercício de memória, que é fundamental no campo dos direitos humanos. A memória é um dos pilares de toda e qualquer política de Direitos Humanos”, refletiu o ministro.
Silvio Almeida também afirmou que a todas as mulheres, dentro das mais variadas perspectivas possíveis, têm - em comum - a busca pela vida e pela dignidade, o que faz delas, mais do que um grupo populacional, uma comunidade política. “Dentro da multiplicidade das várias formas e das várias possibilidades do ser mulher, uma delas é fundamental e é uma questão em comum a todas: a luta pela existência. E é essa luta pela existência que faz do ser mulher uma categoria política das mais importantes, das mais relevantes”, explicou.
No mesmo caminho, a ministra Marina Silva, anfitriã da cerimônia e titular do MMA, destacou que o dia de comemoração deve servir como momento para refletir e construir políticas que façam com que as mulheres possam chegar mais longe. “É um dia de celebração, mas isso não perde a perspectiva de que é um espaço também de rememoração para que não haja nenhum apagamento de tudo isso que está na base da nossa história”, pontuou.
Letramento
Na oportunidade, Marina Silva assinou portaria institucionalizando o Plano de Letramento em Identidades de Gênero, Raça e Diversidade que tem o objetivo de refletir e corrigir as exclusões múltiplas que existem nos órgãos da Administração Pública, em especial no ministério e demais institutos do sistema MMA. A medida pretende dar elementos para alcançar a equidade de gênero, raça e diversidade para melhorar a qualidade de vida psíquica, física e social dos profissionais da organização. Posteriormente, o MMA deverá fazer uma proposta para desenvolvimento de uma ação comum com outras pastas da Esplanada.
Para Marina Silva, a portaria institui uma ferramenta importante para uma reestruturação organizacional que possa promover paridade de gênero nas instituições. “A portaria que assinei é o primeiro passo formal e institucional para uma transformação cultural entre nós na direção da equidade para mulheres e outras identidades de gênero, para pessoas pretas, indígenas e demais etnias; e para pessoas com deficiência”, frisou.
O ministro Silvio Almeida parabenizou o MMA pela iniciativa, ponderando que essa ação afirmativa produz um ambiente de diversidade fundamental para ampliar as condições de igualdade nas instituições. “Isso aqui é uma política de ação afirmativa. Esse é um trabalho fundamental não apenas pelo fato de que abre o espaço para que as mulheres, as pessoas negras e indígenas possam participar das estruturas de poder do ministério. É importante também pela melhora que se produz no ambiente organizacional”, concluiu.
Por: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
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