As mulheres representam 51,5% da população brasileira. A base da estrutura da população é composta por 104.548.325 mulheres, segundo o último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2022. Muitas delas (quase todas), também segundo o levantamento, trabalham fora e mantêm a casa: completando jornadas duplas, triplas…
No turismo, segmento que movimenta 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, elas também representam uma grande fatia. Segundo o Monitora Turismo, painel desenvolvido pela pesquisadora Mariana Aldrigui, da EACH/USP, as mulheres foram a maioria na geração de empregos do turismo em 2023: 51% contra 49% gerados para homens.
E elas estão em toda parte e atuando nos mais diversos segmentos dentro do próprio turismo. São acadêmicas, professoras, operadoras e agentes de viagens, guias locais, empreendedoras e muitas outras que fazem turismo, que atuam no contato direto e indireto com visitantes nacionais e internacionais, e que mudaram, transformaram suas vidas por meio do turismo.
A diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, acredita que o fortalecimento entre as mulheres no turismo muda patamares importantes.
“Compor o corpo diretivo da Embratur como mulher, neste momento, me dá alegria de saber que eu não represento só a mim. Eu nos represento, somos um grupo de mulheres que caminham juntas, que querem conseguir galgar mais espaços, sobretudo em postos de liderança. E se não for assim, muito provavelmente, o nosso espaço não será ampliado. Precisamos, cada vez mais, nos fortalecer e nos apoiar para subirmos juntas. As mulheres precisam estar nessa luta juntas. Represento a todas nós que, assim como eu, quer sim ver equidade de gênero, quer sim ver, cada vez mais, mulheres nos espaços de liderança”, comentou.
A motorista de aplicativo brasiliense, Flavia Rego, é também uma mulher do turismo. Ela “roda” em Brasília e leva muitos turistas internacionais aos principais pontos turísticos da capital federal.
“Por ser a capital do país, nós temos uma grande demanda de pessoas que vêm de outros países para conhecer a nossa história e saber como funciona o Brasil. Então, é bem rotineiro, acredito que duas, três vezes por semana, eu transporto pessoas de outros países. Sou uma mulher mostrando o que Brasília tem de melhor: a nossa arquitetura, o nosso pôr-do-sol, as nossas árvores frutíferas”, contou.
As(os) turistas internacionais que visitam o mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, irão encontrar outra mulher que teve a vida transformada pelo turismo. Lúcia Torres é empreendedora e conhecida pelos pratos que cozinha com afeto e luta no estado paraense.
“Eu amo valorizar o meu Pará, o meu Ver-o-Peso, o turista, quando ele chega aqui, ele quer comer peixe frito, filhote ou então o pirarucu e eu faço com o maior prazer… Cozinhar, mostrar nossa culinária. Me sinto muito feliz porque eu não só estou me ajudando, tô ajudando as pessoas ao meu redor, o cara da hortaliça, o cara do peixe, do camarão. As pessoas falam ‘você faz tudo isso sozinha?’ Somos eu e minha irmã, e eu tenho um orgulho danado disso”, ressaltou.
A Embratur
A Agência, assim, no substantivo feminino, tem em sua maioria colaboradoras nos cargos de gestão, supervisão, coordenação, estratégicos, secretariado, copa e limpeza. Dos cargos de liderança, 55% são ocupados por colaboradoras.
A Embratur acredita na equidade e no trabalho das mulheres, sobretudo, as que ajudam a construir o turismo e a melhorar a experiência dos turistas e DAS turistas internacionais que visitam o Brasil.
Por: Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur)