Trabalho e emprego

Desigualdade salarial entre homens e mulheres preocupa países do G20

Solução é continuar investindo em políticas públicas para combater as discriminações no mercado de trabalho

Por: Ministério do Trabalho e Emprego
27/03/2024 16:45
Desigualdade salarial entre homens e mulheres preocupa países do G20
Foto: Divulgação/MTE


A Igualdade de Gênero e Promoção da Diversidade no Mundo Trabalho foi o tema da primeira rodada de debates da 2ª Reunião Técnica do GT Emprego do G20 que acontece nesta quarta (27/3) e quinta-feira (28/3), em Brasília (DF). Embora se tenha avançado para se ter um mundo do trabalho mais inclusivo em questões raciais, de gênero e orientação sexual, ainda há um longo caminho a ser percorrido para de fato mitigar as discriminações que persistem. A solução para isso é continuar investindo em políticas públicas de inclusão para as minorias.

A assessora de Participação Social e Diversidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Anatalina Lourenço da Silva, trouxe para o centro das discussões as diferenças salariais quando se analisa raça e gênero. Segundo ela, no Brasil, o salário mediano de admissão de uma mulher negra é de R$ 1.556,00, o que corresponde a 82% da média geral, que é de R$ 1.901,00. Já os homens não negros ganham 19% a mais que esse valor.

Para combater essas desigualdades no país, Anatalina destacou que o atual governo publicou a Lei da Igualdade Salarial, reforçando o seu compromisso no combate à discriminação no mundo do trabalho. “Apontamos o trabalho digno, salário igual para homens e mulheres, ampliação das políticas de cuidados para quem cuida e participação da política proporcional ao número de mulheres nos Censos do governo. É com imensa alegria que anunciamos ao mundo que o Brasil volta ao cenário mundial nessa perspectiva”, argumentou Anatalina.

A participação das mulheres no mercado de trabalho foi o tema abordado pela chefe executiva da Unesco, Mariagrazia Squicciarini. Ela destacou que observa-se uma mesma proporção de homens e mulheres entrando no mercado de trabalho, no entanto, a progressão na carreira não é igual. “Quando se chega aos postos mais altos, tem menos mulheres. Precisamos pensar em soluções para essas diferenças de forma cuidadosa”, defendeu.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) trouxe para o debate questão dos LGBTQI+ e a questão racial. Segundo o Diretor da Direção de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da (OCDE), Stefano Scarpetta, o mercado de trabalho tradicional tem dificuldades em entender essas diferenças, mas o G20 tem progredido nesses temas sensíveis. Ele destacou que a legislação dos países que fazem parte da OCDE melhorou muito na área e que há apoio à agenda de gênero. “Porém ainda há diferenças salariais, o que impacta esses grupos minoritários”, ressalta.

A assessora de empreendedorismo do G20 Qing SU destacou que na China a questão de igualdade de renda entre mulheres e homens melhorou bastante, mas ainda há desvantagens para as mulheres.

Por: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

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