Ampliação do canal Nova Avanhandava vai melhorar logística de navegação em mais 16 quilômetros de rio
O empreendimento foi responsável por movimentar cerca de 2,5 milhões de toneladas de diferentes tipos de carga em 2023, e poderá ampliar esse volume quando for concluído
As obras para ampliação do canal de Nova Avanhandava continuam em ritmo acelerado. Responsável por movimentar cerca de 2,5 milhões de toneladas de diferentes tipos de carga em 2023, o canal, na hidrovia Tietê-Paraná, poderá ampliar esse volume significativamente quando for concluído, no segundo semestre de 2026. Este acréscimo ocorre graças à ampliação da profundidade do leito do Rio Tietê entre os reservatórios Ilha Solteira e Três Irmãos. Fruto de um convênio entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Governo do estado de São Paulo, o empreendimento visa o aprofundamento do canal em 3,5 metros ao longo de 16 quilômetros de rio.
As intervenções devem retirar 552 mil m³ de material rochoso – o equivalente a 600 piscinas olímpicas, o que permitirá manter as condições de navegabilidade na hidrovia, mesmo em períodos de estiagem. Com investimento de aproximadamente R$ 293,8 milhões, o aprofundamento do canal de Nova Avanhandava é uma demanda antiga para o setor de logística. A obra vai beneficiar não apenas São Paulo, mas também as regiões Sul e Centro-Oeste, pois trata-se de um importante meio de escoamento de produtos e insumos agrícolas entre as áreas produtoras e o Porto de Santos, com 30 terminais de múltiplo uso ao longo da hidrovia.
Cerca de um terço, o que corresponde a 800 quilômetros, dos 2,4 mil quilômetros de extensão da hidrovia passam por São Paulo. Os demais 1,6 mil quilômetros dividem-se entre Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 120,7% no total de cargas movimentadas por meio do canal. Os principais produtos transportados são cana-de-açúcar, milho, soja e seus insumos e equipamentos.
Trabalho - Para diminuir os impactos para a fauna aquática do reservatório, as explosões são feitas de maneira controlada, em espaços limitados, respeitando o período de defeso que ocorre entre os meses de novembro e fevereiro. Por mês, são retiradas entre 19 mil e 21 mil m³ de rocha. O material removido é devolvido ao leito do rio em locais pré-estabelecidos.
Além de serem feitas detonações de pedra embaixo d’água, o que já é complexo por si, não se interrompe a navegação. É preciso uma série de cuidados para proteger o ecossistema. O derrocamento é feito em pequenos trechos, isolados por cortina de bolhas de ar para separar a área embaixo da água e afastar os animais.
Por: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
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