Comitiva oficial participa de Assembleia do Povo Parakanã na Terra Indígena Apyterewa
Visita marca devolução simbólica da TI aos indígenas após sucesso de operação de desintrusão
Uma comitiva oficial com representantes do Governo Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) participa nesta quarta-feira, 6 de março, da Assembleia do Povo Parakanã, que ocorrerá na Terra Indígena (TI) Apyterewa, marcada historicamente pelo desmatamento e a ocupação ilegal. A assembleia tem como objetivo debater as questões do território, celebrar a cultura do povo indígena e refletir sobre os próximos passos na proteção e gestão da TI.
Estarão presentes a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo, a secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, representantes do Supremo Tribunal Federal e do Povo Parakanã, além de outras autoridades federais. Durante a assembleia, as autoridades realizarão a devolução simbólica da TI ao Povo Parakanã, com a assinatura de ato ministerial atestando o sucesso da operação , determinada pelo STF e cumprida pelo Governo Federal.
A Operação de Desintrusão, iniciada em outubro de 2023, marcou um novo capítulo na proteção dos direitos indígenas e na preservação ambiental. Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) revelam que, após a desintrusão, não houve alerta de desmatamento na região em janeiro de 2024, um marco significativo para a região que anteriormente liderava o ranking de desmatamento na Amazônia. A operação resultou ainda na destruição de garimpos e outras atividades ilegais, reafirmando o compromisso do Governo Federal com o combate à exploração ilegal de recursos naturais.
Antes da operação, a Terra Indígena Apyterewa era considerada a mais desmatada do país, perdendo 319 km² de floresta nativa entre 2019 e 2022. A desintrusão, uma resposta a pressões políticas e a uma ordem judicial do STF, visava expulsar invasores e restaurar a legalidade no território. Cerca de 300 agentes de diversas instituições federais participaram da operação, marcada por desafios e resistências, mas que culminou na recuperação do território para o povo Parakanã, etnia de recente contato com não indígenas.
Trabalharam na operação, sob coordenação da Secretaria Geral da Presidência da República, a Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, além de agentes da Abin, ANP, Ibama, SECOM, INCRA, Ministério dos Povos Indígenas, Censipam, Funai, Ministério do Trabalho e Emprego, Casa Civil e Ministério da Justiça.
Por: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte