Embrapa realiza Dia de Campo e traz novidades para o arroz de terras altas
Público participante pode ver no campo o comportamento de cinco materiais: cultivares BRS Esmeralda, BRS A502, BRS A504 CL (lançamento previsto para este ano) e BRS A503 (lançamento para 2025)
A Embrapa Arroz e Feijão realizou, em 05 de março, dia de campo com a exposição de tecnologias para parceiros de pesquisa, representantes de instituições ligadas ao agronegócio, produtores rurais, sementeiros, consultores técnicos e alunos de universidades. Cerca de 60 pessoas estiveram presentes. O foco do evento foi o melhoramento genético em arroz e estudos voltados às áreas de climatologia, bioinsumos e manejo da lavoura. A iniciativa faz parte do Projeto MelhorArroz, da Embrapa, e busca propor oportunidades de inserção da cultura no sistema de produção em terras altas.
Durante o dia de campo, foram discutidas novas cultivares de arroz (pesquisador Adriano Castro); o sistema de coleta de informações sobre o clima para avaliação do melhor período de plantio para a cultura (pesquisador Silvando Carlos); e a aplicação de inoculantes para tornar mais eficiente o aproveitamento de nutrientes no solo, para o desenvolvimento vegetal e para tolerância ao estresse hídrico (pesquisador Enderson Ferreira). Além disso, foram debatidas práticas de manejo da fertilidade do solo, recomendações para a semeadura e técnicas para convívio com plantas daninhas (pesquisador Mábio Lacerda).
O público participante pode ver no campo o comportamento de cinco materiais: cultivares BRS Esmeralda, BRS A502, BRS A504 CL (lançamento previsto para este ano) e BRS A503 (lançamento para 2025); além de uma linhagem de arroz precoce. Houve a apresentação de estudos com rizobactérias, aplicação de silício e de produtos químicos em diferentes combinações, como alternativas de controle de brusone, uma das principais doenças do arroz.
Em uma parcela experimental, foi mostrado também o trabalho de coleta de dados para a atualização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e de avaliação do comportamento de cultivar para plantio do arroz de terras altas na época da safrinha sob pivô central. Uma outra frente de pesquisa detalhada no dia de campo foram os testes com diferentes combinações de inoculantes, buscando para as plantas melhor eficiência da solubilização do fosfato do solo, do efeito fisiológico do ácido indolacético (AIA), hormônio ligado ao crescimento e desenvolvimento vegetal; e da indução à tolerância ao estresse hídrico. Adicionalmente, houve a discussão acerca de recomendações para aplicação de nitrogênio e sobre indicações de densidade e espaçamento de plantio.
O coordenador do dia de campo, pesquisador Adriano Castro, disse que o objetivo do evento foi mostrar por quais caminhos os trabalhos estão sendo conduzidos e as soluções tecnológicas que já estão disponíveis, a fim de subsidiar o setor produtivo e, possivelmente, políticas públicas sobre o potencial do arroz de terras altas diante de diferentes cenários e regiões do País.
“A nossa ideia é inserir o arroz de terras altas no sistema de produção da forma mais eficiente possível, mais sustentável possível e nas diversas configurações que o mercado está nos mostrando. Buscamos posicionar o arroz como opção junto com outras culturas em rotação em sistemas integrados, no sentido de que, ao final do ano agrícola, a gente produza mais em menos tempo usando menos insumos”, afirmou Adriano.
Por: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
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