Brasil e Espanha assinam acordos bilaterais nas áreas de tecnologia, ciência, comunicação e saúde
Durante encontro com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, Lula apresentou as oportunidades de investimentos do País, como o Programa de Neoindustrialização
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou ao presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, e aos empresários espanhois que o acompanham, as oportunidades que o Brasil oferece nas áreas de infraestrutura e sustentabilidade com o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e com o Programa de Neoindustrialização. Sánchez foi recebido por Lula em visita oficial no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (06/03).
Durante a visita foram assinados quatro memorandos de entendimentos nas áreas de comunicação, ciência e tecnologia, administração pública e saúde.
A Espanha consolidou-se como o segundo maior investidor no Brasil, com presença nos setores energético, bancário, de telecomunicações, de seguros, entre outros. O valor total de investimentos é estimado em US$ 59 bilhões, com aporte anual de cerca de US$ 3,3 bilhões nos últimos anos.
No pronunciamento à imprensa, Lula ressaltou que o Brasil tem muito interesse na cooperação na área de energias renováveis. “O potencial do Brasil é ilimitado para a geração de eletricidade a partir de fontes limpas como biocombustíveis, eólicas, solar e hidrogênio verde” frisou.
O presidente brasileiro lembrou que no ano passado, a economia brasileira cresceu 2,9%, acima das projeções do FMI. Segundo ele, esse resultado traz confiança de que o Brasil é uma opção segura para os investidores.
“Queremos tornar a indústria brasileira mais competitiva, com o apoio da inovação, da cooperação público-privada e do acesso a financiamentos com custos adequados”, afirmou.
Meio Ambiente
Na área ambiental, Lula reiterou que o Brasil voltou a ser protagonista nessa área e sediará no ano que vem a Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP-30, em Belém, no Pará. Ele reiterou ao presidente do governo espanhol a determinação do seu governo com desmatamento zero até 2030.
“A mudança do clima tem intensificado os episódios de estiagem severa em todo o mundo. Por isso o Brasil se somou, hoje, à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca, criada por Espanha e Senegal em 2022”.
Combate à fome
O presidente Lula também abordou a preocupação do Brasil com o endividamento que sufoca os países em desenvolvimento e medidas para combater a fome. “Reiterei a importância conferida pela presidência brasileira do G20 à redução de todas as formas de desigualdade – essa mazela que ainda aflige muitos milhões da nossa humanidade. É nesse contexto que se insere a proposta de tributação internacional justa e progressiva que o Brasil defende no G20. Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos”, defendeu.
Conflitos
Lula pediu apoio na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas para ter mais eficiência na resolução de conflitos internacionais. “A paralisia do Conselho de Segurança frente a guerra na Ucrânia e em Gaza é prova cabal da necessidade de reformas urgentes no sistema de governança global para torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz”.
Lula defendeu, ainda, a criação de um Estado Palestino, reconhecido como membro pleno da ONU, para que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel.
Por: Agência Gov
Texto: Nei Pereira
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