Ministério das Mulheres e Correios assinam acordo de cooperação técnica para enfrentamento à misoginia
Parceria prevê diversas ações de divulgação de serviços de atendimento a mulheres, como o Ligue 180, para os públicos interno e externo da empresa
O Ministério das Mulheres assinou, nesta quarta-feira (20), um Acordo de Cooperação Técnica com os Correios que visa promover campanhas de utilidade pública sobre o enfrentamento à misoginia para o público interno e externo da empresa e formação sobre o tema do enfrentamento às violências contra as mulheres.
As ações incluem a colocação de adesivos nos carros dos Correios e nas embalagens entregues pelas agências em todo o país. Também foi lançado um espaço de divulgação do Ligue 180 dentro do aplicativo dos Correios com conexão direta via whatsapp ou ligação para a Central de Atendimento à Mulher.
Durante a cerimônia de assinatura, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, se disse emocionada com a adesão dos Correios ao Brasil sem Misoginia. A iniciativa foi lançada em outubro de 2023, com o objetivo de enfrentar as diversas formas de violência e discriminação contra as mulheres em todo o território nacional.
“Nós, enquanto governo, temos que pensar em políticas públicas. Nós vamos construir Casas da Mulher Brasileira, delegacias especializadas, colocar tornozeleiras eletrônicas em feminicidas, aumentar o número de Patrulhas Maria da Penha, vamos fazer as políticas necessárias. Mas acabar com a violência contra as mulheres depende de cada um de nós e a iniciativa do Brasil sem Misoginia é para isso”, destacou Cida Gonçalves.
No evento, os Correios apresentaram diversas ações que a empresa pública tem feito em prol da equidade, como a criação de um programa de concessão de bolsas de estudos com paridade de gênero para empregados e empregadas de nível médio e o estabelecimento de meta de ter 40% de mulheres em posição de poder em todos os níveis de gestão até o fim de 2024.
“ Desde o início do atual governo, a estatal retomou seu protagonismo como ente público socialmente responsável e recolocou seu apoio na luta legítima pela equidade. O tema tem sido prioridade para o nosso presidente Fabiano Silva. Há muito a avançar, mas as conquistas alcançadas até aqui nos enchem de ânimo para prosseguir”, destacou a diretora econômica e financeira dos Correios, Maria do Carmo Lara Perpétuo, que representou o presidente da empresa no evento.
O Brasil sem Misoginia visa, ainda, promover um ambiente de trabalho livre de discriminações. As mulheres recebem em média 22% a menos que os homens. A diferença é ainda maior quando são considerados somente cargos de gerência e diretoria: elas ganham apenas 61,9% dos rendimentos deles. Já as mulheres negras recebem, em média, menos da metade do salário de homens brancos (46%).
Durante a assinatura do ACT, a ministra ainda lembrou da Lei de Igualdade Salarial, prioridade no atual governo. “A igualdade salarial já estava prevista na CLT desde 1940 e na Constituição de 1988. O que estamos fazendo é apenas estabelecer critérios. Um Brasil sem misoginia é um Brasil com igualdade entre homens e mulheres”, finalizou.
Por: Ministério das Mulheres
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