No Dia Internacional das Mulheres, MPI e MMU instituem o Programa Mulheres Indígenas Tecendo o Bem Viver
Ação estratégica visa fortalecer iniciativas em comunidades indígenas em todos os biomas do Brasil por meio de edital
Por meio de uma portaria conjunta publicada no Diário Oficial da União (DOU) no Dia Internacional das Mulheres (8/3), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, instituíram o Programa Mulheres Indígenas Tecendo o Bem Viver.
O propósito da medida, entre outros, é fomentar iniciativas socioeconômicas de impacto local, regional e nacional, assim como preservar saberes e práticas tradicionais dos povos indígenas a partir do fortalecimento e gestão de coletivos de mulheres indígenas.
O Programa será coordenado pela Secretaria Nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (SEART) do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em conjunto e em parceria com o Ministério das Mulheres (MMU). A iniciativa visa alcançar os seis biomas nacionais por meio de um edital que se desdobrará em 12 projetos ao todo, dois para cada bioma.
Os recursos para executar o Programa serão provenientes de origens diversas, como dotações do Orçamento Anual, doações e projetos de cooperação técnica nacional e internacional, fundos voltados ao meio ambiente e recursos decorrentes da conversão de multas, entre outras possíveis fontes. Ambos os ministérios envolvidos terão o prazo de 180 dias, a partir da publicação da portaria, para apresentar o plano de ações e a regulamentação da ação.
Ainda assim, de acordo com Rosenilda Sateré Mawé, chefe de gabinete da SEART, a previsão é que o edital seja lançado ainda no mês que vem para antecipar o Abril Indígena. O montante destinado para cada projeto aprovado deve ser em torno de R$ 100 mil.
“É um programa de suma importância porque promove a participação efetiva e assertiva das mulheres indígenas na construção do próprio bem-estar ao possibilitar a construção de políticas públicas para o enfrentamento das vulnerabilidades pelas quais passam, dentro e fora de seus territórios e espaços que circulam”, definiu Rosenilda.
A chefe de gabinete classificou a ação como estratégica para descentralizar recursos e fortalecer institucionalmente grupos de mulheres indígenas organizados com o objeto de protegê-las de um ponto de vista cultural, social e econômico com uma medida de efeito a curto prazo.
“Vamos promover escutas em comunidades para divulgar a iniciativa. Os projetos selecionados podem ser tanto os que já estão em curso quanto ideias novas que ainda não saíram do papel”, explicou Rosenilda.
O Programa foi institucionalizado no dia 8 de março para evidenciar a autonomia, valorização e respeito das mulheres indígenas na defesa de seus direitos e para estimular a promoção da justiça de gênero com a participação direta na tomada de decisões, levando em consideração toda a diversidade étnica dos povos indígenas nacionais.
Por: Ministério dos Povos Indígenas (MPI)
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