Meio ambiente
PDAC 2024: Brasil tem potencial para se tornar líder na economia verde global
No segundo dia do PDAC, Maisa Abram, do SGB, participa de painel Projetos de Exploração Mineral como Impulsionadores de uma Transição Energética de Baixo Carbono no Brasil
04/03/2024 00:00
Nesta segunda (4/3), a chefe do Departamento de Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Maisa Abram, participou do painel Projetos de Exploração Mineral como Impulsionadores de uma Transição Energética de Baixo Carbono no Brasil, realizado no PDAC 2024, em Toronto.
Maisa destacou que o PDAC é um evento global anual, que desempenha papel crucial no setor de mineração: Esse evento fornece uma plataforma para networking, educação e divulgação de informações sobre exploração e desenvolvimento mineral, afirmou.
Durante a apresentação, ela abordou os projetos do Serviço Geológico do Brasil, voltados para a transição energética, evidenciando a importância do conhecimento geocientífico, incluindo resoluções e dados geológicos, geofísicos e geoquímicos. Abram enfatizou a relevância dos dados geocientíficos pré-competitivos para aumentar a prospectividade, revelar novas oportunidades, reduzir o risco de exploração e impulsionar o investimento da indústria.
Além disso, foram apresentados os programas do Serviço Geológico do Brasil que possuem interface em substâncias críticas para a transformação energética, bem como os projetos especiais para a transição energética. Foram respondidas questões sobre o ciclo que estamos vivendo de crescimento da demanda em relação aos ciclos anteriores. O painel foi bem movimentado, com várias perguntas da plateia, informou.
Maisa apresentou, ainda, as principais atividades em andamento, relacionadas aos Minerais Críticos para a Transição Energética. Essas atividades incluem a integração de diferentes conjuntos de dados, a revisão de modelos metalogenéticos, a exploração geoquímica e geofísica, a modelagem do potencial mineral em múltiplas escalas, a identificação de pegadas e a avaliação de recursos não convencionais. Essas iniciativas são essenciais para entender melhor o potencial geológico do Brasil e fomentar o desenvolvimento sustentável do setor mineral em prol da transição energética, disse.
Ela também comentou sobre sua importância para o SGB: Esse encontro tem a finalidade e a capacidade de promover investimentos, compartilhar melhores práticas e facilitar parcerias entre empresas, governos e comunidades. Assim, pode impulsionar o crescimento sustentável e a inovação no setor de mineração brasileira, neste momento de transição energética, para atender um modelo de economia de baixo carbono, ressaltou.
Os projetos de exploração mineral no Brasil são vitais para essa transição energética, dada a abundância de recursos minerais estratégicos no país, incluindo nióbio, ferro, bauxita, grafita, níquel, e recentemente, lítio e terras raras; mineral essencial para baterias de veículos elétricos e outras fontes de energia renovável.
A exploração responsável e sustentável desses recursos pode impulsionar a economia nacional e contribuir para o cumprimento das metas globais de redução de emissões de carbono. Isso envolve investir em tecnologias de extração e processamento de baixo impacto ambiental e adotar práticas de recuperação de áreas degradadas.
O desenvolvimento de uma cadeia produtiva local da exploração à fabricação de produtos finais de alto valor agregado, como componentes para tecnologias renováveis e veículos elétricos pode posicionar o Brasil como líder na economia verde global.
Outra questão importante é que os projetos sejam acompanhados por políticas públicas eficazes, assegurando a proteção ambiental, o respeito aos direitos das comunidades locais e indígenas e uma distribuição equitativa dos benefícios econômicos.
A colaboração entre governos, o setor privado, comunidades locais e organizações não governamentais é fundamental para garantir que a exploração mineral no Brasil contribua de maneira efetiva para uma transição energética sustentável e de baixo carbono.
Site SGB-PDAC
AO SGB criou um site especificamente desenvolvido para compilar os estudos que serão destacados durante o PDAC 2024. Acesse aqui .
Missão brasileira
O SGB será representado no PDAC 2024 pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira; a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho; pela assessora da DGM Lúcia Travassos; pela chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), Maísa Abram; pelos coordenadores-executivos da DGM Maurício Pavan, Izaac Cabral e Eduardo Duarte Marques; pelo gerente de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Goiânia (SUREG-GO), Jônatas de Sales Macedo Carneiro; pelo coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DEGET), Raimundo Almir Costa da Conceição; pelos(as) pesquisadores(as) em geociências Sulsiene Machado de Souza Gaia, Michele Cunha Graça, Eduardo Moussalle Grissolia (DGM) e Carlos Eduardo Miranda Mota (Diretoria de Infraestrutura Geocientífica-DIG); pelo assessor de Assuntos Internacionais, Rafael Duarte; pela assessora parlamentar da Presidência Sabrina Soares de Araújo Góis; e pelo assessor da Presidência Marcio José Remédio.
Também participam da Missão Oficial Brasileira ao PDAC 2024 representantes da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), da Câmara de Comércio Brasil-Canadá em Toronto (BCCC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), além das empresas patrocinadoras.
Por: Serviço Geológico do Brasil
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