Na Câmara, MDH debate Campanha da Fraternidade e os cuidados a pessoas idosas
Representante da pasta relacionou o direito ao envelhecimento digno com o tema de 2024 da iniciativa, promovida pela CNBB há 60 anos
A diretora de Proteção da Pessoa Idosa da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Symone Bonfim, participou na última quarta-feira (17), da audiência pública sobre a Campanha da Fraternidade 2024, que neste ano tem como tema "Fraternidade e Amizade Social" e o lema "Vós sois todos irmãos e irmãs". A gestora chamou a atenção para o fato de o envelhecimento, apesar de ser uma conquista civilizatória, estar permeado por preconceitos, estereótipos, discriminações e invisibilidade.
“É como se, a medida em que você envelhece, seus direitos humanos e de cidadania diminuíssem”, descreveu Symone. Sobre os desafios de envelhecer, a representante do ministério citou problemas como o idadismo (estereótipos, preconceito e discriminação baseados na idade), o isolamento social e a violência contra pessoas idosas. A amizade, no sentido aplicado à campanha da CNBB, segundo ela, “é aquela que promove o diálogo, a solidariedade, a comunhão, a compaixão, a justiça, a paz e a harmonia entre as pessoas, conceitos fundamentais para garantir dignidade às pessoas idosas".
Symone Bonfim citou ainda a frase do ministro Silvio Almeida sobre o envelhecimento: “'Envelhecer é o futuro, porque quem está vivo tem direito a um futuro'. Temos planos, sonhos, propósitos e objetivos. Então só com essa construção coletiva, com essa amizade social que a campanha da fraternidade nos traz é que nós podemos envelhecer com dignidade e com respeito”, enfatizou.
Comissão
A audiência sobre a campanha da fraternidade foi realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Alexandre Lindenmeyer. O intuito da iniciativa da CNBB este ano é contribuir para superar a cultura da indiferença. Na ocasião, o parlamentar disse que as pessoas idosas têm muito a oferecer à sociedade, “ao mesmo tempo, enfrentam desafios específicos”.
Por Ministério dos Direitos Humanos
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