Fundação Biblioteca Nacional celebra o Dia Nacional dos Povos Indígenas
Para a FBN, a ampliação dos dossiês étnicos referentes aos povos indígenas é prioridade
Esta sexta-feira (19/4) é o Dia Nacional dos Povos Indígenas, data instituída em 1943 com o objetivo de celebrar a diversidade e a cultura dos povos originários do Brasil. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC)– celebra a efeméride e felicita todos os povos indígenas do País: cada vez mais, a sociedade brasileira está valorizando suas inúmeras contribuições na formação da nossa cultura, de nossa nação.
Para a FBN, a ampliação dos dossiês étnicos referentes aos povos indígenas constitui uma prioridade. No ano passado, em que foi empossado o presidente Marco Lucchesi, uma das primeiras ações neste sentido foi a criação do Prêmio Akuli, nova categoria do Prêmio Literário da Biblioteca Nacional, voltada para a fixação de cantos e histórias da tradição oral indígena, quilombola e ribeirinha.
Leia também: Sonia Guajajara: pela primeira vez em cinco séculos, Brasil tem um Ministério dos Povos Indígenas
O primeiro trabalho vencedor foi o livro “Jenipapos” (MINA Comunicação e Arte), de autoria coletiva de Ailton Krenak, Alik Wunder, Allan da Rosa, Angela Dannemann, Beleni Grando, Bruno Kaingang, Conceição Evaristo, Cristine Takuá, Daniel Munduruku, Darlene Yaminalo Taukane, Dona Liça, Dona Vanda Pajé, Edson Kayapó, Eliane Potiguara, Isabella Rosado Nunes, Mauricio Negro, Trudruá Dorrico e Yaguarê Yamã.
Também no ano passado, a Biblioteca Euclides da Cunha (BEC) - biblioteca pública da FBN – realizou, no Dia Internacional da Mulher, a palestra “Mulheres indígenas: da invisibilidade à luta por direitos”, proferida pela educadora Marize Guarani.
Constituição Federal em nheengatu
A relação do presidente Marco Lucchesi com as comunidades indígenas é anterior à sua posse na FBN: nos últimos anos, ele visitou locais como as aldeias Paraná, dos Marubos (no Vale do Javari), e Maturacá, dos Yanomamis (no Alto Rio Negro), entre outros. Esteve também em São Gabriel da Cachoeira (AM), município brasileiro que registra o maior número de indígenas, onde entregou a Constituição Federal traduzida para o nheengatu (língua geral amazônica), junto com a ex-Ministra e presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.
Lucchesi foi o curador do projeto de tradução, liderado por Weber e realizado pelo STF em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O projeto motivou a primeira visita de um presidente do STF à Biblioteca Nacional em um século: em 25 de agosto de 2023, Rosa Weber entregou a Constituição traduzida para o acervo da instituição, em uma solenidade emocionante.
Leia também: Exposições, trilha e palestra para comemorar o Dia dos Povos Indígenas
A FBN também tem recebido visitas de lideranças indígenas em sua sede, para reuniões de trabalho com o presidente Lucchesi. Já tivemos aqui, desde o ano passado, as presenças de Lucas Marubo, Isabela Kariri, Fernanda Kaingang e Anapuaka Tupinambá.
Acervo
A FBN possui diversos itens e obras relacionadas ao povos originários brasileiros. Parte deste acervo está digitalizado e disponível na BNDigital , basta buscar pelo termo “indígenas”. Lá, também se encontram os novos dossiês “Povos Originários” e “Tradução de cantos e narrativas dos povos originários para o português” . O primeiro apresenta as obras presentes no catálogo da FBN relacionadas aos povos indígenas. O segundo ressalta os relatos orais no acervo da instituição, a partir dos agentes de sua fixação.
“A Biblioteca Nacional, mais uma vez, responde às demandas profundas de nosso País, a partir de sua inegociável pluralidade cultural, dessa grande riqueza de línguas, cosmovisões, que integram, perfazem, atravessam e integram a cultura brasileira”, afirma Marco Lucchesi.
Por: Fundação Biblioteca Nacional (FBN)
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte