Concurso Nacional: medidas de segurança não afetam direito a recurso
Candidatos não poderão sair com os cadernos de provas e nem realizar anotações no cartão de confirmação, mas terão acesso aos gabaritos oficiais
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) reforça que a série de medidas implementadas para combater fraudes durante a realização do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), como a proibição de levar os cadernos de provas, buscam aumentar a segurança do certame. A prova será aplicada em todo o Brasil no dia 5 de maio e as ações concentram-se em impedir a utilização de pontos eletrônicos e a prática de anotações em cartões de resposta, que podem servir como "colas" durante as provas.
O Ministério da Gestão salienta que os candidatos terão acesso aos cadernos de provas e gabaritos oficiais, o que preserva o direito de recorrer de questões ou respostas consideradas incorretas. Todos os cadernos de provas serão divulgados no site do Ministério, a partir das 20h, do próprio dia da aplicação e os gabaritos oficiais serão disponibilizados no dia 07 de maio.
Caso discordem de alguma questão ou resposta do gabarito, os candidatos poderão entrar com recurso, tendo como base o caderno de provas e o gabarito oficial. O MGI reforça que o recurso deve ser direcionado às questões do caderno de provas, e não às respostas individuais do candidato no cartão de resposta. Dessa forma, o direito de recorrer está plenamente preservado.
Segurança
A estratégia de segurança do CPNU, desenvolvida em conjunto com o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e a ABIN, inclui medidas para coibir a transmissão de informações durante as provas por quadrilhas especializadas. Uma das principais ações é a proibição da saída dos candidatos com o caderno de provas. Essa medida visa impedir que as quadrilhas tenham acesso às questões e, consequentemente, não consigam enviar as respostas aos candidatos que, eventualmente, possam estar utilizando pontos eletrônicos.
Autoridades relatam que o esquema funciona da seguinte maneira: os participantes que saem com os cadernos de prova repassam as questões para a quadrilha, que, por sua vez, envia as respostas para os pontos eletrônicos utilizados pelos candidatos que ainda estão realizando a prova. Com a proibição da saída com o caderno de provas, o governo espera dificultar a atuação dessas organizações criminosas e garantir a igualdade de condições para todos os candidatos que participam dos concursos públicos.
Em relação às anotações em cartões de confirmação, o governo também estabelece a proibição de escrever no verso. A medida surge após um episódio recente em um concurso, onde candidatos foram flagrados com anotações suspeitas no verso do cartão, levantando a possibilidade de que estivessem utilizando "colas" durante a aplicação da prova.
No episódio em questão, a prova havia sido aplicada em dois turnos, e alguns candidatos preencheram o cartão de confirmação com as respostas no verso durante o período da manhã. Ao retornarem para o turno da tarde, esses mesmos candidatos apresentaram os cartões com anotações adicionais, o que gerou denúncias de que as novas anotações poderiam ser "colas" para consulta durante a prova. Para evitar que esse tipo de situação se repita e prejudique a lisura do CPNU, o governo decidiu proibir qualquer tipo de anotação no verso dos cartões de confirmação.
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