Esporte

Ministério do Esporte fará série de lives com universidades e institutos federais pelo Programa Paradesporto Brasil em Rede

A Secretaria Nacional de Paradesporto e entidades parceiras realizarão 10 lives com diversos núcleos espalhados pelo Brasil a fim de conectar núcleos acadêmicos na área de educação física

Agência Gov | Via Ministério do Esporte
03/04/2024 16:57
Ministério do Esporte fará série de lives com universidades e institutos federais pelo Programa Paradesporto Brasil em Rede

 

A partir da próxima segunda-feira (8/4), a Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR), do Ministério do Esporte, fará 10 lives que serão transmitidas no canal do MEsp no YouTube. O intuito é apresentar os frutos da implementação do PPBR (Programa Paradesporto Brasil em Rede), realizado por intermédio de parceria envolvendo o Governo Federal, por meio da SNPAR e universidades e institutos federais que possuam curso de educação física, por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED).

O Programa PPBR consiste na criação e na manutenção de núcleos voltados ao paradesporto em institutos federais de educação superior, com acadêmicos e docentes da área de educação física que estão conectados em rede, visando expandir o alcance e a equidade no acesso ao paradesporto nas Regiões Norte e Nordeste e estimulando a produção de conhecimento e a replicabilidade de ações em outras localidades. Implantados dentro de instituições parceiras, os núcleos de atendimento deverão ser divididos por modalidades paradesportivas para atendimento direto aos beneficiários. Além dos núcleos de atendimento, um núcleo gestor unificado irá acompanhar, monitorar e avaliar as atividades.

O secretário nacional de Paradesporto, Fábio Araújo, destaca a importância de garantir o incentivo e a qualificação dos profissionais do setor para disseminar a importância da prática de atividade física por pessoas com deficiência.

“O Programa Paradesporto Brasil em Rede tem como um dos objetivos despertar a motivação para o profissional de educação física atue no paradesporto. Nesse sentido, as 10 lives formativas que acontecerão ao longo do ano de 2024 representam momentos de troca das práticas esportivas desenvolvidas nos Núcleos de Atendimento do PPBR. Durante as lives, será possível compartilhar desafios e conquistas, além de transmitir os conhecimentos adquiridos com os atendimentos para toda a sociedade, mas especialmente, para os profissionais de educação física”, afirmou o secretário.

 

Goalball. Foto: Ronaldo Caldas/MEsp

O público-alvo são pessoas com deficiência, de todas as naturezas: física/motora, sensorial (visual e surdez), intelectual, surdocegos, bem como deficiências múltiplas, síndromes e transtornos, como o Transtorno do Espectro do Autismo, sem limite de idade. Deve ser priorizado o atendimento de, no mínimo, 50% de mulheres e meninas com deficiência. A quantidade de beneficiários depende da estrutura de cada núcleo, sendo, no mínimo, 30 alunos.

Atualmente, há 10 núcleos do PPBR formalizados com a seguintes IES: Universidade Federal da Bahia – UFBA, Universidade Federal de Grande Dourados – UFGD, Universidade Federal de Grande Dourados – UFGD, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE Campus Limoeiro do Norte, Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Universidade Federal de Catalão – UFCAT, Instituto Federal do Ceará - Campus Juazeiro do Norte/CE, Universidade Federal do Ceará – UFC, Universidade Federal do Pará – UFPA, Universidade Federal do Piauí – UFPI  e Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

Desenvolvimento de políticas para o paradesporto no Brasil

Com base nas informações iniciais do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná, foi possível obter dados relevantes para o desenvolvimento de políticas municipais para o paradesporto no Brasil, nas suas três manifestações: paradesporto educacional, paradesporto de participação e paradesporto de rendimento. Entre as centenas de informações levantadas, pode-se destacar, por exemplo, que 75,38% dos municípios brasileiros não possuem projetos para a formação esportiva destinados a pessoas com deficiência. Esse é um dado preocupante, e que pode ser considerado reflexo das barreiras socioambientais encontradas pelas pessoas com deficiência em ter acesso a bens e serviços, de maneira equânime, e em igualdade de oportunidades com relação às outras pessoas sem deficiência.

 

Paraskate. Foto: Ronaldo Caldass/MEsp

É de suma relevância mencionar os dados da PNAD Contínua de 2022 sobre pessoas com deficiência (IBGE), divulgada em julho de 2023, revelando que 18,6 milhões de brasileiras e brasileiros têm alguma deficiência. Desse quantitativo, a maioria das pessoas com deficiência é mulher (10,0%), negra (9,5%) e nordestina (10,3%).

Considerando esse cenário, que as pessoas com deficiência vivenciam barreiras atitudinais, arquitetônicas, comunicacionais, urbanísticas, instrumentais, programáticas, metodológicas e naturais para ter acesso a bens e serviços, de forma equitativa, em relação a outras pessoas (sem deficiência), constata-se que, no contexto esportivo, essa realidade se repete.

É imprescindível que haja ampliação e reformulação das políticas públicas que resultem no fomento do paradesporto (da iniciação, recreação/lazer, ao alto rendimento), na formação de profissionais com a perspectiva inclusiva, na capacitação e formação administrativa com a perspectiva inclusiva e visibilidade do paradesporto no Brasil. Vislumbra-se, portanto, que, por meio da prática de qualquer modalidade, é possível alcançar a inclusão biopsicossocial, com a eliminação das barreiras elencadas acima, e a participação social adequada das pessoas com deficiência.

Live

A Secretaria Nacional de Paradesporto vai organizar 10 lives, e cada IES parceira realizará uma com temas que discutam políticas e ações dentro dos núcleos. O objetivo é produzir conhecimento educacional com o pilar da inclusão e acessibilidade para os profissionais que atuam na ciência esportiva, como também para todo e qualquer cidadão que acredita no esporte como uma ferramenta de inserção biopsicossocial da pessoa com deficiência em seu viés participativo, por meio de exercícios físicos e/ou práticas paradesportivas.

Cronograma

 

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Por: Ministério do Esporte

 

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