Ministra da Igualdade Racial intensifica agenda brasileira em fórum da ONU
Pelo segundo ano consecutivo liderando a comitiva brasileira, Anielle Franco destacou o pioneirismo do Brasil por justiça e igualdade racial
O fortalecimento da memória e da história da população negra é o caminho para o desenvolvimento coletivo, para a justiça, igualdade e democracia. A afirmação marcou o discurso da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, na abertura da terceira sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, nesta terça-feira (16/4), em Genebra, Suíça.
Anielle foi aplaudida de pé por representantes de instituições de direitos humanos e da sociedade civil presentes ao fórum, ao enfatizar a disposição do Brasil junto às demais nações em viabilizar a proclamação de uma segunda Década Internacional de Pessoas Afrodescendentes para o período de 2025 a 2034. "É o caminho mais concreto para garantir continuidade e o aprofundamento de medidas nacionais, regionais e internacionais pelos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos de pessoas afrodescendentes", discursou.
Anielle Franco também resgatou a criação do MIR e do papel pioneiro retomado pelo Brasil na defesa nacional e internacional do direito, justiça e igualdade para a população negra. Avançar globalmente nesta agenda é essencial, comentou. "Esta é uma janela de confluência histórica: oportunidade, disposição e interesses políticos podem mover o mundo num impulso significativo pela edificação consciente de um mundo mais justo."
Representantes da bancada negra no evento, recepcionaram a comitiva brasileira do Ministério da Igualdade Racial no Fórum e se colocaram para articular e firmar parcerias a nível internacional para a promoção da igualdade racial e combate ao racismo.
Bilaterais e arte negra
A agenda da comitiva contou com a realização de reuniões bilaterais e de articulação entre lideranças com o objetivo de firmar acordos de promoção da igualdade racial entre países e com a participação na abertura da primeira exposição de arte contemporânea, realizada durante uma sessão do Fórum Permanente da ONU.
No dia anterior ao início do Fórum, a comitiva visitou a exposição Atlântico Vermelho , coletânea de obras que apresenta o trabalho e celebra a riqueza cultural de 22 artistas afrodescendentes brasileiros de diferentes regiões do país, ampliando vozes historicamente marginalizadas, com 63 obras, como fotografias, esculturas e pinturas com imagens pensadas sobre a diáspora negra.
Organizada pelo Instituto Luiz Gama, a ONG Paramar e o Instituto Guimarães Rosa, a mostra está sendo realizada em um dos espaços mais nobres da ONU, no mezanino ao lado da Sala do Conselho de Direitos Humanos e da Aliança das Civilizações.
Por: Ministério da Igualdade Racial
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