Brasil e Japão reforçam compromisso com o programa de recuperação de áreas degradadas
Ministro Fávaro destacou acordo bilateral em encontro com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente da JICA, Sachiko Imoto
Nesta segunda-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de reunião com o embaixador japonês, Teiji Hayashi, e com a vice-presidente Agência de Cooperação Internacional do Japão ( JICA ), Sachiko Imoto , na Embaixada do Japão no Brasil. Na ocasião, foi debatido os avanços do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) .
“Estamos em um momento importante da nossa parceria. Com a JICA , vamos trabalhar juntos para avançar na recuperação de áreas degradas. É um plano sustentável, que garante segurança alimentar, respeitando as premissas do meio ambiente . O Brasil tem muito orgulho desta parceria", destacou o ministro Fávaro. Já o embaixador Teiji Hayashi reforçou a importância da parceria entre o Japão e o Brasil.
Por meio da JICA , o Japão será o primeiro país a contribuir com o PNCPD, um dos principais projetos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pretensão do programa é a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, em dez anos. Com isso, pode-se praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil, sem desmatamento e evitando, assim, a expansão sobre áreas de vegetação nativa.
O ato bilateral foi assinado durante a visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto, em Brasília , no início de maio . Na recepção , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial da parceria entre os dois países. “Aos empresários japoneses que querem fazer investimentos no Brasil, somos um país que oferece todas as possibilidades na construção entre empresários brasileiros e empresários japoneses", enfatizou.
A parceria
A cooperação com a JICA seguirá em duas linhas: Cooperação Financeira, que será um financiamento destinado a produtores agrícolas que realizarão a conversão de pastagens degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis; e Cooperação Técnica, que definirá as regiões e propriedades que serão alvo das ações para o desenvolvimento do programa, pesquisa, desenvolvimento e inovação, análise das pastagens degradadas, fatores de risco para a degradação, tecnologias que possam contribuir para o trabalho, dentre outros.
Os montantes a serem aportados serão definidos pela JICA com taxas de juros fixadas entre 1,7 e 2,4% em Iene japonês, com prazo para pagamento entre 15 e 40 anos, e carência entre 5 e 10 anos. Ainda serão realizadas discussão da modelagem financeira e início do relatório, que deve ter anúncio oficial durante a cúpula do G20, em novembro.
Por: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
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