Comunidades quilombolas e ciganas do Rio Grande do Sul recebem cestas básicas do Governo Federal
Ao todo, foram entregues 1797 cestas para quilombolas e 81 para ciganos.
Comunidades quilombolas e ciganas do Rio Grande do Sul receberam, esta semana, cestas básicas do governo federal por meio de uma ação conjunta entre Ministério da Igualdade Racial (MIR), Incra e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Ao todo, foram entregue s 16 67 cestas para quilombolas e 81 para ciganos.
Entre os quilombolas, as entregas foram feitas para comunidades em maior estado de vulnerabilidade, como o quilombo São Roque e Rincão do Irapuazinho , que receberam 90 e 12 cestas, respectivamente. O s quilombos de Chácara das Rosas e Ireno, na cidade de Canoas, receberam 111 e 120 cestas, cada um. Em Porto Alegre, as comunidades que receberam doações de cestas esta semana foram as de Quilombo Machado ( 650 cestas), Quilombo Lemos (69 cestas) , Quilombo Fidelix (105 cestas) , Quilombo Mocambo (45 cestas) , Quilombo Flores (45 cestas) , e Família Ouro (27 cestas) , Quilombo Família Silva e Vida Kedi (144 cestas) e Quilombo Alpes (280 cestas). Em Lajeado , o Quilombo Unidos do Lajeado recebeu 99 cestas.
Já entre os ciganos, as entregas foram feitas para povos ciganos dos municípios de Ijuí (30 cestas), Nonoai (30 cestas) e Severi (21 cesta s). Ao todo, foram identificadas 209 famílias ciganas afetas. Cada uma delas deve receber duas cestas, num total de 418 cestas destinadas ao p ovo cigano no Rio Grande do Sul.
Na última quinta-feira (23), a ministra Anielle Franco se reuniu com parlamentares do Rio Grande do Sul para ouvir demandas e apresentar as ações do MIR no estado. “Nós sabemos do papel transversal do MIR dentro do governo federal, e nessa grande força-tarefa que estamos integrando no Rio Grande do Sul, o MIR tem contribuído com o mapeamento e monitoramento da situação dos públicos que temos que cuidar por atribuição”, disse a ministra.
Os parlamentares apresentaram demandas de ações voltadas para os povos de terreiro, fomento à reconstrução de espaços sagrados e a preocupação de que espaços criados temporariamente não se tornem cidades marginalizadas. Além disso, foi solicitado pelas deputadas e deputados que o MIR dê suporte aos casos de racismo denunciados em abrigos.
DADOS - Das 147 comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, distribuídas por 68 municípios, 136 se encontram em municípios declarados em estado de calamidade ou em situação de e mergência , segundo dados do decreto estadual nº 57.626, de 21 de maio de 2024 .
As 11 comunidades restantes encontram-se em situação de vulnerabilidade por motivos mais variados, como isolamento geográfico pelo bloqueio total ou parcial das estradas, que impedem a chegada de mantimentos ou a ida dos quilombolas aos municípios próximos; a perda de suas lavouras e/ou instalações produtivas; e o desemprego causado pela destruição ou danificação dos seus locais de trabalho fora dos territórios.
Além da entrega de cestas, o MIR tem atuado no mapeamento e monitoramento permanente de comunidades quilombolas, povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiros, e de famílias ciganas atingidas.
RECONSTRUÇÃO — Paralelamente às ações mais emergenciais, o MIR está trabalhando em ações de reconstrução do estado e de suas comunidades. Uma das frentes de atuação é a elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PGTAQ) específico para as comunidades atingidas, de maneira a orientar processos de mitigação e adaptação nestes territórios.
Por: Ministério da Igualdade Racial (MIR)
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