Operação de combate a ilícitos nos aeroportos de Guarulhos e Galeão completa seis meses
Operação já soma mais de 300 mil revistas pessoais e mais de 60 pessoas presas
A Operação Ponte Aérea, de ações preventivas e repressivas contra o tráfico de drogas, armas e outros ilícitos nos aeroportos internacionais do Galeão no Rio de Janeiro (RJ) e de Guarulhos em São Paulo (SP), completou seis meses.
Desde que teve início, em novembro de 2023 por meio do Decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a operação teve resultados significativos, com a apreensão de uma quantidade expressiva de drogas nos aeroportos. O trabalho conjunto das forças de segurança - Força Aérea Brasileira (FAB) e das agências da Receita Federal, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) - está contribuindo para a descoberta de rotas de tráfico internacional e para a interrupção da entrada e saída de materiais ilícitos em território nacional.
Operação
A revista pessoal é conduzida de maneira discreta, com o devido respeito à integridade e aos direitos de cada funcionário ou passageiro, sem interferir no fluxo das aeronaves.
Os Batalhões de Garantia da Lei e da Ordem do Rio de Janeiro e de São Paulo realizam ações de Polícia da Aeronáutica, que inclui a utilização de cães especializados para detectar drogas, armamentos e outros ilícitos provenientes da área de remessa postal internacional dos aeroportos, bem como farejar bagagens durante o embarque e desembarque.
Durante uma operação de revista, o Comandante do Pelotão, do Batalhão da GLO-RJ, Tenente Gabriel Alvarenga Martins, explicou sobre a atuação e a revista.
“Conseguimos revistar em média mil passageiros por dia, visando buscar drogas, armas e outros ilícitos. Durante a revista conseguimos apreender desde pequenas até grandes quantidades de ilícitos, principalmente em voos internacionais’’, afirmou o tenente
Além disso, a presença ostensiva da FAB nos aeroportos contribui para dissuadir atividades criminosas, resultando em um aumento na segurança entre os cidadãos e fortalecendo as instituições responsáveis pela defesa do país. Segundo o Diretor de Operações do RIOGaleão, Dimas Salvia, a atuação da FAB no âmbito da GLO está sendo fundamental. “Sem dúvidas a operação trouxe uma percepção de segurança para os passageiros e a comunidade aeroportuária de segurança. Com o aumento do fluxo nesses seis meses, a operação se tornou um diferencial. A parceria entre FAB e Forças de Segurança foi excelente, podemos dizer que foi uma experiência única. O trabalho em conjunto com as forças que já atuam no Galeão fez toda a diferença. O apoio da FAB ajudou a melhorar o trabalho que já era realizado, complementando o dia a dia do aeroporto, trazendo a percepção segurança”, disse.
Passageiros que embarcavam para Paris, na França, falaram sobre a atuação da GLO, e a importância desse tipo de ação, tornando uma barreira contra o tráfico de drogas. O aposentado José Roberto Vicente Cardoso comentou que esta é a segunda vez, neste ano, que esteve no aeroporto, e que sentiu um ambiente mais agradável e seguro. “Uma ação muito interessante, uma forma de prevenção. Fica muito mais seguro para quem está viajando, sabendo que temos mais essa ajuda no combate ao tráfico”, disse.
Missões interagências realizadas em 180 dias
Durante 180 dias de operação, as atividades envolveram a atuação na área operacional dos aeroportos, fiscalização de bagagens, cargas suspeitas e passageiros, com o auxílio de cães farejadores. Além disso, ocorreu a patrulha dos perímetros dos aeroportos por meio de viaturas em pontos estratégicos, bem como rondas a pé nos saguões.
Nesse período a FAB conduziu ações preventivas e repressivas, totalizando 2.810 missões. Sendo apoiados pela Polícia Federal, Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal, os militares da FAB também realizaram revistas em 337.099 pessoas, 29.182 veículos e 544 aeronaves.
O Comandante da Força Aérea Numerada 34, Brigadeiro do Ar Helmer Barbosa Gilberto, falou sobre a operação. "Destacamos a sinergia e a cooperação na ação. Os números são significativos, principalmente quando vemos que retiramos de circulação quase 400 quilos de ilícitos e mais de 60 pessoas que agora estão sob a cautela da Justiça Brasileira. Contamos também com a participação do Ministério Público Militar, que foi um grande parceiro desde o início da operação. Nesses seis meses, com toda essa coordenação, não tivemos nenhum tipo de ocorrência. Destaco também o trabalho com os cães de guerra, que estão sendo grandes colaboradores para o volume de apreensões que tivemos", explicou.
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