Governo envia mais de 100 especialistas em redes subterrâneas de energia ao RS
Profissionais atuarão na reconstrução de subestações. Estado sofreu mais de R$ 1 bi em avarias na rede. Desde o início das ações federais, mais de 370 mil unidades já foram religadas
O Governo Federal coordenou ação que garantiu o envio de mais de 100 especialistas em redes subterrâneas de energia elétrica para o Rio Grande do Sul. Os profissionais vão atuar na reconstrução de duas subestações na capital gaúcha que contam com esse tipo de sistema de distribuição de energia elétrica.
Quero destacar o espírito de solidariedade desses profissionais. Foram recrutados considerando o seu potencial técnico, mas também uma disponibilização pessoal de cada um deles, demonstrando e simbolizando o que o povo brasileiro tem feito, que é se unir para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul”
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
O primeiro grupo, com 58 pessoas, partiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na terça-feira, 21 de maio. O voo também transportou 15 toneladas de mantimentos e medicamentos. O segundo grupo saiu da Base Aérea de Brasília, nesta quarta-feira, 22 de maio, com 51 pessoas. A equipe inclui engenheiros, técnicos de campo, de segurança e eletricistas das distribuidoras Light, Equatorial e Enel, além da empresa BAUR, fornecedora de equipamentos, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Grupo Equatorial.
Durante embarque na Base Aérea de Brasília, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os danos na rede elétrica do Rio Grande do Sul ultrapassam R$ 1 bilhão. “Tivemos mais de R$ 1 bilhão em danos já avaliados na rede elétrica. Incluindo média, baixa e alta tensão, porque foram mais de 40 ativos de alta tensão avaliados”.
De acordo com o ministro, os profissionais foram recrutados em todo o país, considerando o potencial técnico e a disponibilidade. “Quero destacar o espírito de solidariedade desses profissionais. Foram recrutados considerando o seu potencial técnico, mas também uma disponibilização pessoal de cada um deles, demonstrando e simbolizando o que o povo brasileiro tem feito, que é se unir para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul”, afirmou o ministro. Ao todo, são mais de 4 mil profissionais trabalhando no setor elétrico no estado gaúcho, que ficarão o tempo que for necessário para os ajustes na rede elétrica.
Trabalho
Os especialistas enviados trabalham diretamente com redes e estações subterrâneas. No estado gaúcho, vão realizar inspeções para verificar avarias. Ao todo, são mais de 500 quilômetros de cabo e 300 transformadores sob o solo da capital gaúcha, que precisam passar por manutenção e restauração nas áreas afetadas pelas inundações. Entre as atividades que serão realizadas pelos especialistas estão testes e reparos nos cabos, verificação da integridade dos equipamentos submersos por meio de ensaios e, quando necessária, a devida substituição. Essa atuação vai permitir mais agilidade nas atividades de religamento, acelerando a normalização aos clientes ainda afetados na capital gaúcha.
Atuação
Mais de 370 mil unidades consumidoras no estado gaúcho tiveram a energia restabelecida desde o início da força-tarefa coordenada pelo Governo Federal por meio do Ministério de Minas e Energia. Segundo a projeção do Ministério de Minas Energia, 169 mil unidades seguem sem energia no estado, a ampla maioria por motivos de segurança. Há diversos casos em que a rede elétrica ainda está submersa.
Na última quinta, 16 de maio, a população gaúcha recebeu mais 70 geradores para ajudar a suprir a demanda local, disponibilizados por distribuidoras de todo o país e empresas do setor. Também está previsto o envio de 102 geradores pela distribuidora Light.
“O presidente Lula tem determinado, de forma peremptória e muito firme, que é para restabelecermos o mais rápido possível a energia elétrica, tão essencial para a dignidade de todas as gaúchas e gaúchos, para que a medida possa avançar e a gente começar a tirar as pessoas dos abrigos. A gente sabe que quanto mais tempo passa, maior mais aumenta o sofrimento", afirmou o ministro Alexandre Silveira.
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