Planalto

Lula: 'Decisão conjunta de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica'

Presidente comenta decisão de Espanha, Noruega e Irlanda, que reconheceram na quarta-feira (22/5) a existência do Estado palestino

Eduardo Biagini | Agência Gov
23/05/2024 12:13
Lula: 'Decisão conjunta de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica'
Joédson Alves/Agência Brasil
Manifestações em diversas partes do mundo defendem povo palestino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (23/5) que a decisão de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer o Estado palestino é histórica e terá efeito positivo em apoio aos esforços de paz no Oriente Médio.

A declaração foi postada na rede social X (antigo Twitter). Para o presidente, o reconhecimento dos países europeus faz justiça ao pleito do povo palestino. A paz e a estabilidade no Oriente Médio, afirma Lula, só vão ocorrer quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente.

O presidente também escreveu que o Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a reconhecer o Estado palestino, em 2010.

Confira a postagem do presidente na íntegra


“A decisão conjunta de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica por duas razões. Faz justiça em relação ao pleito de um todo um povo, reconhecido por mais de 140 países, por seu direito à autodeterminação. Além disso, essa decisão terá efeito positivo em apoio aos esforços por uma paz e estabilidade na região. Isso só ocorrerá quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente. O Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a assumir essa posição, quando em 2010 de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.”


Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram em conjunto nesta quarta-feira (22/05) que reconhecem o Estado palestino. A decisão vai ser formalizada no dia 28 de maio.

Com a decisão, os países se unem a uma lista de outras 142 nações que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e reconhecem a Palestina como um Estado independente.

Os palestinos querem o reconhecimento da Cisjordânia e Faixa de Gaza como Estado, sendo Jerusalém Oriental a capital. Ambas as áreas são ocupadas por Israel.

Conflito

Em outubro do ano passado, um ataque terrorista do grupo Hamas a civis israelenses deu um início a um novo conflito na região.

Tanto o ataque do Hamas quanto a ofensiva militar de Israel são constantemente criticados pelo presidente Lula. Desde o início do novo conflito no Oriente Médio, em outubro de 2023, o Brasil defende a solução negociada para o cessar-fogo, a soltura dos reféns e a criação de condições para garantir ajuda humanitária às pessoas que estão na área.

Leia também: Lula se encontra com primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh

Com o conflito, o Governo Federal criou a Operação Voltando em Paz, para repatriar brasileiros e parentes da região, além de levar ajuda humanitária. Desde outubro de 2023, 1.560 brasileiros e familiares próximos que se encontravam em Israel ou na Palestina e que manifestaram intenção de partir foram retirados da região.

No mês passado, com a participação do Brasil, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre a admissão do Estado da Palestina na ONU. A resolução determina que a Palestina está qualificada para tornar-se membro das Nações Unidas e recomenda ao Conselho de Segurança que reconsidere a questão de maneira favorável. Decisão que admitiria o Estado da Palestina como membro pleno das Nações Unidas foi vetada por um membro permanente do Conselho de Segurança em de abril deste ano.


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