Rio Grande do Sul

Atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre e municípios começam nesta terça

Unidade funcionará com seis médicos, três enfermeiros, oito técnicos e receberá pacientes 24h. Forças Armadas montaram cinco Hospitais de Campanha (Hcamp) em Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba e São Leopoldo. Capacidade é para 200 atendimentos diários

Agência Gov | Via Secom/PR
14/05/2024 17:42
Atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre e municípios começam nesta terça
O hospital vai contar com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos

O Ministério da Saúde inicia os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre nesta terça-feira (14), às 19h. A estrutura funcionará 100% com recursos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

O hospital vai contar com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos. A unidade receberá pacientes 24h e tem capacidade para 200 atendimentos diários.

Com a abertura do hospital, o Ministério da Saúde passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Além destes, um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, ressaltou a importância da atuação da Força Nacional do SUS e do GHC na operacionalização dos quatro hospitais de campanha pertencentes ao Ministério da Saúde.


Estamos, desde o início da operação, trabalhando para ampliar e manter a rede de assistência no Rio Grande do Sul. Esse é mais um importante passo do trabalho que tem sido desenvolvido diuturnamente no estado. Nosso foco é que toda a população tenha assistência disponível”

Felipe Proenço, secretário de Atenção Primária à Saúde


“Estamos, desde o início da operação, trabalhando para ampliar e manter a rede de assistência no Rio Grande do Sul. Esse é mais um importante passo do trabalho que tem sido desenvolvido diuturnamente no estado. Nosso foco é que toda a população tenha assistência disponível”, comenta.

ATENDIMENTOS — Entre 5 de maio, início da operação, e a segunda-feira (13), foram realizados 1.779 atendimentos pelas equipes da Força Nacional do SUS. Somente o hospital de campanha de Canoas realizou 1.176 atendimentos. As equipes volantes receberam 575 pessoas. Houve, ainda, 68 atendimentos psicossociais e 28 remoções aéreas.

FORÇAS ARMADAS — Em apoio ao sistema de saúde no Rio Grande do Sul, as Forças Armadas montaram cinco Hospitais de Campanha (Hcamp). O estado sofre com a maior enchente desde 1941 e apresenta carências em serviços de primeira necessidade. As primeiras unidades hospitalares, distribuídas nos municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba e São Leopoldo, começaram a funcionar a partir do dia 3 de maio e realizam, gratuitamente, cerca de 150 atendimentos por dia. Com 70 militares da área de saúde à frente dos atendimentos, são oferecidos procedimentos em especialidades como clínico-geral, pediatria, odontologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, além de atendimento psicológico.

De acordo com a inspetora do Escalão de Saúde do Comando Conjunto da Operação Taquari II, Tenente-Coronel Médica Maria Eliane Paulino de Oliveira, os Hcamp são fundamentais no apoio à saúde nas situações de calamidade. “Eles diminuem o estresse das estruturas de saúde locais, que muitas vezes estão colapsadas e sobrecarregadas”, afirmou.

A médica explica que, além do atendimento médico, muitas pessoas necessitam de apoio psicológico. “Os pacientes estão bastante abalados emocionalmente, tendo em vista as perdas que sofreram. Para ajudar nessa questão, a gente tem uma equipe volante de psicólogos e assistentes sociais. Temos, também, um capelão militar nos HCamp e abrigos municipais”, descreveu.


Os pacientes estão bastante abalados emocionalmente, tendo em vista as perdas que sofreram. Para ajudar nessa questão, a gente tem uma equipe volante de psicólogos e assistentes sociais. Temos, também, um capelão militar nos HCamp e abrigos municipais”

tenente-coronel médica Maria Eliane Paulino de Oliveira, inspetora do Escalão de Saúde do Comando Conjunto da Operação Taquari II


Os profissionais de saúde das Forças Armadas atendem das 7h às 20h, exceto em Eldorado do Sul, onde a unidade militar é a única opção de atendimento médico e funciona 24 horas. De acordo com a médica, os atendimentos mais procurados são referentes a problemas respiratórios, mordidas de animais, gastroenterites e infecções de pele. Para tanto, as estruturas de campanha estão preparadas para realizar exames, como raio-X e laboratoriais, e distribuir medicamentos.

Os hospitais estão estruturados em módulos hospitalares, exceto em São Leopoldo, onde a prestação do serviço médico ocorre nas instalações do antigo 16º Grupo de Artilharia de Campanha (16º GAC). Um sexto Hcamp está sendo estruturado em Rio Grande (RS) e funcionará dentro do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, que chegou a cidade no dia 12.

Até o momento, sob coordenação do Ministério da Defesa, 17 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão envolvidos diretamente na força-tarefa do Governo Federal para apoiar a região. Desde o início da operação Taquari II, em 30 de abril, já foram resgatados em torno de 70 mil pessoas e 10 mil animais. A ação conta com 330 embarcações (lanchas e botes), 35 aeronaves (aviões e helicópteros) e 5 navios, além de 4.500 viaturas e equipamentos de engenharia.

OPERAÇÃO TAQUARI — O apoio à população do Rio Grande do Sul vem ocorrendo desde setembro de 2023, quando a operação foi acionada e recebeu o nome de Taquari. À época, as ações dos militares se concentraram, inicialmente, nos municípios do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas pelo ciclone extratropical. As atividades incluíram busca e resgate; triagem e distribuição de suprimentos e donativos; limpeza e desobstrução de vias; e reconstrução. Poucos meses após, a experiência com a Taquari I subsidiou o início da Taquari II. Na ocasião, os militares também trabalham em diversas frentes, como busca e resgate de vítimas (pessoas e animais); atendimentos de saúde; transporte de equipes, enfermos, suprimentos e donativos; desobstrução de vias; e engenharia civil. As ações ocorrem sob coordenação da Defesa Civil.

Por: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR)

 

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