Ministério da Saúde elabora plano para atendimento de saúde mental no RS
Plano terá três eixos: população, trabalhadores e gestores. Atendimento no estado ganhou reforço neste sábado (11) com mais psicólogos atuando em abrigos e unidades de saúde
O Ministério da Saúde elabora um plano para atendimento de saúde mental no Rio Grande do Sul. O estado sofre com severas enchentes devido às chuvas dos últimos dias. O documento, que vai balizar toda a assistência, será divulgado nos próximos dias e terá três eixos: um totalmente focado na população; outro cuidará da saúde mental dos trabalhadores que estão atuando na tragédia; e o terceiro com diretrizes para os gestores do estado e dos municípios, para que possam estabelecer uma rede de atendimento continuada.
Neste sábado (11/5), chegaram a Porto Alegre mais quatro psicólogos que vão atuar nos atendimentos da população gaúcha. Os profissionais chegaram a Canoas (RS) em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Desde o início da tragédia, o Ministério da Saúde tem disponibilizado atendimento psicossocial no Rio Grande do Sul. O trabalho é feito por equipes volantes em unidades médicas e abrigos.
O coordenador da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), Fausto Soriano Estrela Neto, adianta que o plano trará balizas como a comunicação adequada sobre o evento; o atendimento indicado para crianças, idosos e pessoas em vulnerabilidade social; e comunicação de massa.
Além disso, o documento vai estruturar os canais de informação para as pessoas pedirem ajuda. Um dos pontos definidos é o uso da telessaúde.
“Temos um colapso na estrutura de saúde do Rio Grande do Sul, que foi destruída pela enchente. Estamos concluindo a análise de onde temos comunicação e como podemos usá-la. Uma das camadas é telegestão, teleatendimento, teleconsulta e tele-educação para chegar a um público maior”, explica Fausto
O coordenador da Força Nacional do SUS ressalta que o atendimento de saúde mental é uma prioridade do governo federal. “Vamos garantir as especificidades do atendimento psicossocial durante a crise causada pelas chuvas”, frisa.
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