Rio Grande do Sul

Ministros articulam logística para chegada de 27 bombas de escoamento ao Rio Grande do Sul

Ideia é agilizar a retirada de água de centros urbanos e delimitar com precisão os danos sociais e de estrutura. Paulo Pimenta e Waldez Góes também destacam parceria para que municípios apresentem planos para limpeza e reconstrução

Agência Gov | Via Secom/PR
17/05/2024 17:37
Ministros articulam logística para chegada de 27 bombas de escoamento ao Rio Grande do Sul

Em ação coordenada com prefeituras e governos de estado, o Governo Federal está organizando a logística para o envio ao Rio Grande do Sul de 27 bombas de escoamento de água, 18 delas enviadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), outras oito remetidas pelo Ceará e uma de Alagoas — as mesmas usadas na transposição do Rio São Francisco.


Está ocorrendo um processo de garantir dignidade nos abrigos e, paralelo a isso, foi iniciado o processo de limpeza e restabelecimento”
Paulo Pimenta, ministro da secretaria extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul


A intenção é agilizar a retirada da água de centros urbanos e permitir delimitar com mais precisão a dimensão dos estragos das cheias no estado.  O transporte de boa parte dos equipamentos é feito pelas Forças Armadas. A instalação será em Porto Alegre e Canoas. Há perspectiva de aumento no número de recebimentos para os próximos dias, com Pernambuco se juntando aos esforços.

A informação foi detalhada em coletiva de imprensa concedida pelos ministros Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), ao lado do secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.

“O Governo Federal quer ajudar a fazer o estudo para revitalizar todo esse sistema. Certamente esses diques terão que ser elevados. É a modernização do sistema de bombas e a complementação daquilo que não foi feito. Existem projetos importantes, da época do governo da presidenta Dilma, para Eldorado, Arroio Feijó, em Alvorada, para a Bacia do Vale do Caí, para o Rio dos Sinos, Bacia do Taquari, que, infelizmente, ao longo desses últimos anos, ficaram parados”, pontuou Pimenta.

Pimenta participou de reunião na manhã desta sexta com representantes de prefeituras de municípios atingidos e com o governador Eduardo Leite para elaborar o detalhamento do processo de cadastramento das casas que viabilizem ao Governo o avanço nas medidas de assistência já anunciadas.

 

ABRIGOS — O ministro também descreveu o cenário dos abrigos no Rio Grande do Sul. “Hoje, 70% das pessoas em abrigos estão em quatro cidades: Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba. O quinto município com maior número de pessoas abrigadas é Gravataí. Esses cinco municípios representam mais de 80% das pessoas hoje em abrigos. São todos de municípios da região metropolitana. Naturalmente que está concentrada também nesta região a grande maioria de desalojadas, que saíram de casa e não estão em abrigos. Há uma estimativa que esse número chegue perto de 500 mil gaúchos e gaúchas”, informou Pimenta. “Está ocorrendo um processo de garantir dignidade nos abrigos e, paralelo a isso, foi iniciado o processo de limpeza e restabelecimento”.

PLANOS APROVADOS — O ministro Waldez Góes informou que o Governo Federal age para dar sequência aos trabalho de salvar vidas enquanto avança com ações em demais frentes. “Tratamos dos planos de restabelecimento com as prefeituras, que estão fazendo, pela primeira vez, planos de bombeamento de água, que terá financiamento da Defesa Civil Nacional”, afirmou.


Já aprovamos 277 planos de trabalho nesses dias, entre ajuda humanitária, restabelecimento e reconstrução"

Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional


“Já aprovamos 277 planos nesses dias, 96 de ajuda humanitária e 96 de ajuda humanitária sumário — aquele recurso que o prefeito pede por ofício e a gente pagou 100% aos que pediram. Aprovamos 75 de restabelecimento e 10 de reconstrução. Já começamos a ter planos que estavam sendo feitos, mas, com as águas aumentando, voltam esses planos de reconstrução”, destacou.

A pasta reafirmou a recomendação para que prefeituras reiniciem os planos de restabelecimento, medida importante para que seja feita limpeza urbana de cada bairro que apresente redução no nível das águas. “Isso cria as condições para a reconstrução e evitamos que os problemas de saúde sejam além daqueles que estão definitivamente calculados diante desse desastre”, acrescentou.

“A recomendação do presidente Lula, liderada pelo ministro Pimenta, é que todos os pedidos sejam feitos pelos prefeitos. A Defesa Civil Nacional está aqui assessorando para que o plano seja feito já de acordo com as regras, toda a precificação, porque a gente aprova sumariamente e repassa o dinheiro para a prefeitura. Isso desburocratiza muito e encurta caminhos para a solução”, finalizou.

SAÚDE REFORÇADA — O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, apresentou um balanço das ações emergenciais desde o dia 5 de maio em apoio à população gaúcha. “Já foram destinados mais de R$ 63 milhões do ministério para apoio às ações. Temos aqui dois hospitais de campanha em funcionamento, que fizeram 2.503 atendimentos, o primeiro montado na cidade de Canoas, com pouco mais de 200 atendimentos por dia e 1600 atendimentos realizados até agora. Há um segundo em Porto Alegre. O terceiro é em São Leopoldo. O quarto deve ser implementado na cidade de Novo Hamburgo, na semana que vem”, pontuou.


Temos aqui dois hospitais de campanha em funcionamento, que fizeram 2.503 atendimentos. Há seis equipes volantes que realizaram mais de 750 atendimentos e 15 equipes de serviço aeromédico, que já fizeram 43 remoções"

Adriano Massuda, secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde


Ele destacou que foram mobilizados profissionais com experiência em situações de desastres climáticos. Desde 2011, o Ministério da Saúde conta com a Força Nacional do SUS para apoiar estados e municípios que enfrentam situações de calamidade. “Temos seis equipes volantes que realizaram mais de 750 atendimentos e 15 equipes de serviço aeromédico, que já fizeram 43 remoções. Também contamos com profissionais de vigilância em saúde, que sabem o impacto que tragédias como essa tem no crescimento de doenças transmissíveis, que estão sendo acompanhadas e controladas”, reforça.

Ainda foram disponibilizados 100 kits de emergência com 40 tipos de insumos e medicamentos e capacidade para atender 300 mil pacientes. O secretário também anunciou a publicação de portaria que garante a abertura de 890 vagas emergenciais e temporárias para o Grupo Hospitalar Conceição, empresa pública vinculada ao Ministério da Saúde que capacita profissionais e especialistas que irão atuar em 105 leitos clínicos e 10 leitos de UTI pediátricas, em Porto Alegre e estado.

Ele também anunciou a publicação de outras portarias que vão garantir R$ 30 milhões para custeio de ações e serviços de média e alta complexidade, voltadas para os municípios de Parobé, Estrela, Caxias do Sul, Rio Grande, Santana do Livramento, Igrejinha, Venâncio Aires, Torres e a capital Porto Alegre.

PRESIDENTE - Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma reunião com prefeitos para detalhar a maneira de cadastramento e procedimento que devem ser adotados pelos municípios para identificar as famílias que podem ser beneficiadas com o pagamento do Auxílio Reconstrução, de R$ 5,1 mil, e políticas de assistência.

Por: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR)

 

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