Programas de pós-graduação quase triplicam no Brasil do século 21
Sistema era composto por 167 programas e estava em 23 municípios em 1970; no ano passado, eram 4.777 em 323 cidades. Segundo a Capes, maior impulso ocorreu a partir dos anos 2000
Nos anos 1970, o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) era composto por 167 programas de pós-graduação (PPG) e estava presente em 23 municípios. A constante expansão, principalmente a partir dos anos 2000, fez esses números chegarem a 4.777 e 323 em 2022. Trata-se de um crescimento de 2 ,8 vezes na quantidade de PPG e de 1 ,3 no número de cidades.
Os dados foram apresentados por Denise Pires de Carvalho, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados na quarta (22).. A gestora ofereceu um panorama da pós-graduação stricto sensu no Brasil e no mundo para mostrar como a evolução no País foi rápida, apesar de ainda não se encontrar no mesmo patamar dos países desenvolvidos.
Como a maior parte da ciência brasileira é feita nas universidades e, em especial, na pós-graduação, esse crescimento afeta diretamente a capacidade de desenvolvimento nacional. “ Há um paralelo entre o aumento da formação pós-graduada e o aumento da produção científica”, ressaltou Denise ao comparar quantos artigos foram publicados por pesquisadores brasileiros em 2000 e em 2020: 15.150 e 94.768, respectivamente.
A meta 14 do Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu a formação de 60 mil mestres e 25 mil doutores por ano no Brasil. O País caminhava em ritmo crescente até 2020, quando houve a pandemia d e COVID-19 , antes de chegar no patamar traçado para o doutoramento . Em 2023, houve uma retomada, com o objetivo quase alcançado. Ocorre que, mesmo perto d o estabelecido , os dados nacionais mostram que há 0,2% de doutores em relação ao total da população brasileira, enquanto a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 1,1%.
Por Capes
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