Força-Tarefa Previdenciária no Rio combate fraude milionária
Organização criminosa contou com participação de servidor do INSS. Esquema foi responsável por prejuízo de R$ 8 milhões com concessão irregular de benefícios
A Força-Tarefa Previdenciária no estado do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23), nos municípios do Rio de Janeiro, Nilópolis e Mesquita, a segunda fase da Operação Metamorfose - desdobramento da operação ocorrida no dia 25 de abril.
Com a mobilização de 50 policiais federais e com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), a operação cumpriu 18 mandados judiciais - sendo 9 deles de prisão e outros 9 de busca e apreensão, quantitativo este que, somado aos 37 mandados da primeira fase (19 de prisão e 18 de busca) totaliza 55 mandados judiciais. Um dos mandados de prisão destinava-se a um servidor público do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A organização criminosa investigada atuava utilizando documentos falsos para a obtenção de benefícios irregulares em nome de pessoas fictícias e na reativação de benefícios, outrora regulares, cujos titulares já haviam falecido. A prática se completava por meio de procuradores e demais integrantes do grupo que recebiam os pagamentos em nome dos supostos titulares.
De acordo com a estimativa da CGINP, o prejuízo causado pela atuação da organização criminosa à Previdência Social foi de aproximadamente R$ 8 milhões. Com base na expectativa de vida dos titulares, definida pelo IBGE, a economia projetada pode atingir a cifra de cerca de R$ 12,3 milhões.
Os criminosos responderão, entre outros delitos, pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, peculato eletrônico, falsidade ideológica, falsificação e uso de documentos falsos. Se somadas, as penas podem chegar a 36 anos e 8 meses de reclusão.
Há 24 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate eficaz a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.
Por MPS
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