Rio Grande do Sul

Alckmin e Dilma formalizam R$ 5,7 bilhões do Banco dos Brics para o RS

Em Pequim, vice-presidente da República e presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento também trataram de temas como G20, transição verde e fortalecimento da indústria brasileira

Agência Gov | Via MDIC
04/06/2024 09:44
Alckmin e Dilma formalizam R$ 5,7 bilhões do Banco dos Brics para o RS
Foto: Divulgação/VPR

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, iniciou missão oficial à China e reuniu-se, nesta terça-feira (4/6), com a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff. Após o encontro, Alckmin e Dilma assinaram carta-compromisso de apoio ao Rio Grande do Sul que formaliza a destinação de US$ 495 milhões do banco para a reconstrução do estado (o equivalente a R$ 2,6 bilhões). 

Além dos recursos oriundos diretamente do NDB, tomadores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) irão disponibilizar outros US$ 620 milhões, totalizando US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões) em investimentos.


“Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes. Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”, afirmou Alckmin 


De acordo com a carta-compromisso, os recursos de US$ 495 milhões serão distribuídos da seguinte forma: US$ 200 milhões para infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações. Os outros US$ 295 milhões serão canalizados pelo BRDE e destinados exclusivamente às necessidades do Rio Grande do Sul. Já os US$ 620 milhões alocados exclusivamente para o estado serão concedidos por BNDES, BB e BRDE.

Na parceria com o BB, serão destinados US$ 100 milhões para a reconstrução da infraestrutura agrícola no estado gaúcho, como por exemplo, em projetos de armazenagem e de logística. 

A presidenta do NDB destacou que o mandato do banco é muito focado em desenvolvimento sustentável e que, diante da catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul, o “NDB decidiu ter uma presença forte, dentro de suas possibilidades, no estado”. Dilma enfatizou o caráter flexível do banco na concessão de crédito ao NDB, uma vez que nesse momento seria muito difícil determinar completamente os critérios de reconstrução.

Ela garantiu que o banco tem mecanismos para monitorar a alocação de recursos, mas que não fará imposições sobre como devem ser utilizados. “Neste momento é muito complicado prever inteiramente os critérios para a reconstrução do estado”, ponderou.

 Transição verde e apoio ao G20

Alckmin e Dilma também trataram de temas como transição verde, crescimento econômico e as prioridades brasileiras na presidência do G20. O vice-presidente destacou a necessidade de o Brasil seguir avançando na transição verde e de fortalecer a indústria brasileira, por meio da diversificação da base produtiva, tarefa para a qual o NDB pode contribuir significativamente.

Ele afirmou ainda o desejo do governo brasileiro de seguir aprofundando as relações com o banco multilateral, de modo a garantir apoio à agenda brasileira no G20, especialmente quando se trata da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

O encontro também contou a presença dos ministros que compõem a delegação: Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); Rui Costa (Casa Civil); Simone Tebet (Planejamento e Orçamento); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além dos presidentes da ApexBrasil, Jorge Viana, e da ABDI, Ricardo Cappelli. 

Oportunidades de negócios

No primeiro dia de agenda em Pequim, na China, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, participou de reuniões com três empresas chinesas, entre elas a State Grid – Companhia Nacional da Rede Elétrica da China –, que sinalizou interesse na participação em leilões brasileiros de transmissão de alta tensão, projetos parte da carteira do Novo PAC.

A agenda incluiu encontro com empresa Foton, fabricante de caminhões, ônibus, tratores e maquinaria pesada, e, na oportunidade, foi discutida a possibilidade de a empresa investir no Brasil. Também foi realizado encontro com a Sinovac, biofarmacêutica produtora de vacinas.


“Estamos trabalhando para fortalecer a relação comercial e bilateral entre Brasil e China e para seguir mostrando ao mundo as excelentes oportunidades de investimentos que existem no nosso país”, afirmou o ministro da Casa Civil  


Combate à Fome – O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou do Segundo Fórum e Diálogos Intersetoriais Brasil-China de Luta contra a Pobreza e pela Revitalização Rural. Ao lado do ministro do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China, Liu Jianchao, do presidente da Universidade Agrícola da China, Sun Qixin, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o titular do MDS falou sobre a incumbência dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à pasta: tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome.

Agricultura Familiar 

Durante o Fórum, o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, destacou a relevância da agricultura familiar e da modernização agrícola para o desenvolvimento sustentável. Teixeira também enfatizou a importância da cooperação entre Brasil e China para o avanço na luta contra a pobreza e a revitalização rural.


"A agricultura familiar é um pilar essencial do nosso desenvolvimento rural. Precisamos investir em tecnologias que possibilitem a modernização agrícola sem perder de vista a sustentabilidade e a preservação ambiental," afirmou.


 

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