Trabalho e emprego

Na OIT, Luiz Marinho defende que tecnologia deve estar a serviço dos trabalhadores

'Se forem democratizadas, distribuídas e acessíveis, as novas tecnologias podem ser usadas para melhorar a vida de todos', diz ministro do Trabalho

Agência Gov | via MTE
13/06/2024 11:44
Na OIT, Luiz Marinho defende que tecnologia deve estar a serviço dos trabalhadores
OIT
Marinho: 'O que vemos geralmente é o uso da tecnologia para precarizar o trabalho'

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, discursou na manhã desta quinta-feira (13), na abertura do fórum inaugural da Coalizão Global pela Justiça Social, durante a Conferência Internacional do Trabalho (CIT), em Genebra, na Suíça. O encontro foi aberto pelo diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert Houngbo, que compartilha o comando da Coalisão com o ministro Luiz  Marinho.

O Fórum tem um segmento de alto nível e sessões de trabalho temáticas, durante a Conferência Internacional do Trabalho (CIT). “O compromisso do Brasil com a justiça social e a promoção do trabalho decente para todos vem de longa data. Em 2024, estamos reforçando, com ações concretas, nosso engajamento com os princípios e direitos do trabalho defendidos pela OIT”, disse Luiz Marinho.

O ministro saudou a participação do presidente Lula no encontro. “Tenho a honra de anunciar que o presidente Lula decidiu viajar a Genebra especialmente para participar deste Fórum e, dessa maneira, fortalecer a contribuição do Brasil para a justiça social, em particular para a luta contra a pobreza e a fome em todo o mundo, bem como o enfrentamento de todas as formas de desigualdade, discriminação e exclusão no mundo do trabalho e na sociedade”, disse Luiz Marinho. Ele lembrou que a história de vida do presidente Lula está vinculada à luta pela justiça social. “Essa é a missão de toda a sua vida”, declarou.

O presidente Lula participa da cerimônia de encerramento do encontro nesta quinta-feira, juntamente com o presidente do Nepal, Ram Chandra Paudel. A Coalizão Global pela Justiça Social foi lançada em 2023 e já conta com mais de 250 membros, incluindo governos, organizações de trabalhadores e empregadores, organizações multilaterais e nacionais e instituições financeiras, organizações acadêmicas e ONGs internacionais. O objetivo é discutir questões temáticas relacionadas à justiça social, os desafios, oportunidades e possíveis soluções para avançar na consecução dos objetivos da Coalizão.

Segundo Luiz Marinho, a presença do Brasil na co-presidência da Coalizão Global para a Justiça Social, ao lado do diretor-geral Gilbert Houngbo, é mais uma demonstração do firme comprometimento do governo brasileiro com os valores fundamentais do trabalho. “Como preceitua a estratégia da OIT, devemos ter uma visão centrada no ser humano e não podemos deixar ninguém para trás”, destacou.

“Reconhecemos que a tecnologia pode empoderar ou prejudicar trabalhadores. Se forem democratizadas, distribuídas e acessíveis, as novas tecnologias podem ser usadas para melhorar a vida de todos, o que é inclusive uma das nossas prioridades na presidência do G20”, avaliou Luiz Marinho. Segundo ele, elas poderiam servir ao conjunto da sociedade. “Mas o que vemos geralmente é o uso da tecnologia como forma de precarizar o trabalho e aumentar os lucros, sendo apropriada por poucos e, consequentemente, aumentando a desigualdade”, pontuou.

“Nesse espírito, ressalto que o Brasil também está acompanhando de perto os pleitos de reforma da governança do sistema multilateral, outra prioridade para o G20, estabelecida pelo presidente Lula. Na OIT, desejamos maior equilíbrio regional, inclusive no sistema de supervisão normativa, e estamos atentos ao expressivo número de ratificações da emenda de 1986 à Constituição da organização”, finalizou o ministro.

Leia aqui a íntegra do discurso do ministro Luiz Marinho durante a abertura do fórum inaugural da Coalizão Global pela Justiça Social, em Genebra, na Suíça.

Por MTE

 

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