Saúde

Ministério da Saúde monitora qualidade da água para consumo humano no estado

Unidades móveis de apoio ao controle de qualidade da água já analisaram mais de 1.000 amostras na região

Agência Gov | Via Ministério da Saúde
27/06/2024 12:53
Ministério da Saúde monitora qualidade da água para consumo humano no estado
A ação objetiva coletar e analisar amostras de águas em quatro regionais de saúde da região gaúcha

O Ministério da Saúde alocou quatro unidades móveis para o Apoio ao Controle da Qualidade da Água no Rio Grande do Sul após os danos causados pelas enchentes no estado. A ação, coordenada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), objetiva coletar e analisar amostras de águas em quatro regionais de saúde da região gaúcha.

Até o momento foram entregues cerca de 10 mil testes de reação de padrão da água. Na regional de saúde Carbonífera/Costa Doce, em que está localizado o município de Barra do Ribeiro, a unidade móvel já recebeu 150 amostras de 15 municípios. Cada amostra é avaliada sob sete parâmetros distintos para atestar o índice de potabilidade da água. Dessa forma, até o momento, foram realizadas 1.050 análises na região.

Municípios pertencentes às quatro regionais de saúde podem encaminhar amostras de água tratada e de água bruta, que são avaliadas seguindo parâmetros instituídos na Portaria GM/MS nº 888/ 2021 , que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Sebastião Werneck, farmacêutico bioquímico da Funasa que atua na unidade de Barra do Ribeiro, conta que os furgões adaptados já atuaram em situações de emergências climáticas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. As unidades estão equipadas com instrumentos utilizados em laboratórios fixos e seguem o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua).

“Os resultados das amostras ficam prontos em 24 horas e seguem sete parâmetros para assegurar a qualidade da água para consumo humano, com foco em locais de interesse como abrigos, escolas e unidades de saúde”, explica Sebastião.

Ações no território

Desde o início da atuação na emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde tem apoiado municípios gaúchos na gestão dos resíduos sólidos gerados pelo alto volume de chuvas que atingiu a região. Arlindo Silva, engenheiro civil da Funasa que acompanha a missão no estado, explica que a pasta tem acompanhado também o andamento de convênios voltados para a liberação de recursos com foco neste manejo e destinação.

O engenheiro ressalta ainda a importância de oferecer melhorias sanitárias domiciliares com atenção especial para populações que moram na zona rural do estado, além de populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas. “É importante mapear as localidades que estão consumindo água bruta, com foco no saneamento na área rural”, avalia.

Através da Força Nacional do SUS (FN-SUS) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) , o ministério tem realizado visitas nas comunidades indígenas na região, realizando assistência em saúde, distribuição de purificadores de água e mapeamento das necessidades da população originária que foram prejudicadas pelas inundações.

A chefe da divisão de saúde ambiental da fundação e responsável pelas unidades móveis de monitoramento nas regionais de saúde, Roseane Cunha, reforça que já foi solicitada a distribuição de filtros de água com vela, além de reservatórios domiciliares de água, em um esforço conjunto com o trabalho de educação em saúde para pessoas afetadas do estado.

“É importante entregar para a população uma água de qualidade, pois quando você distribui água de qualidade, você distribui e promove a saúde pública e isso tudo deve ser realizado em conjunto com ações de educação e promoção da saúde”.

Parceria com a Marinha

Roseane explica também que, em parceria com a Marinha do Brasil, uma carreta com materiais de limpeza irá percorrer áreas afetadas pelas chuvas para realizar a distribuição de insumos para higienização e orientações relacionadas a limpeza das residências e descarte de itens contaminados.
O trabalho de monitoramento segue até que a situação de calamidade nos municípios gaúchos seja atenuada.

Por: Ministério da Saúde

 

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