Defesa

Base das Forças Armadas para acolher 100 brigadistas é instalada no Pantanal

Agência Gov | via MDef
12/07/2024 16:35
Base das Forças Armadas para acolher 100 brigadistas é instalada no Pantanal
Defesa/divulgação
A base Jaguar foi montada para abrigar equipes dos diversos órgãos envolvidos na missão

A falta de chuva há mais de três meses tem deixado a região Pantaneira vulnerável, sofrendo com queimadas desde o mês passado. Para evitar que o fogo avance e destrua o bioma, militares das Forças Armadas potencializam as ações de combate aos incêndios florestais. Uma base avançada de apoio logístico foi montada pelo Exército Brasileiro na Estrada Transpantaneira, Rodovia MT-60, com a capacidade de acolher cerca de 100 brigadistas.

A Base, chamada de Jaguar, foi montada, no dia 3, com o intuito de apoiar o fornecimento de alimentação, alojamento, saúde, transporte, e comando e controle para os militares do Corpo de Bombeiros Militares do Mato Grosso (CBM-MS), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além dos brigadistas das agências empregadas no combate aos focos de incêndios no Pantanal Mato-Grossense.

Em uma outra frente de ação, as Forças Armadas empregam estratégias tecnológicas para combater os incêndios com o lançamento aéreo de água. Já foram 336 mil litros de água na região de Corumbá (RS). Para tanto, os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) utilizam o KC-390 Millennium como avião tanque, por meio do “Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios”, que pode descarregar até 12 mil litros de água por viagem. Há, ainda, o sistema utilizado pela Marinha do Brasil, chamado de “Bambi Bucket”. Trata-se de uma bolsa carregada por um helicóptero, na parte externa da aeronave, usada para coletar água de fontes como lagos ou rios e, depois, despejá-la nos locais de queimadas.

O subcomandante da operação Pantanal, General de Brigada Ribeiro Cacho, conta as estratégias adotadas de combate ao fogo no Pantanal. “Os próximos passos no trabalho é a  instalação de antenas com maior capacidade de comunicação com as antenas do Censipam [Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia] , órgão da Defesa; melhor estruturação da logística para posicionar um helicóptero na base, visando agilizar o deslocamento dos agentes a partir desta base; bem como a  manutenção do apoio às agências a partir de suas demandas”, explicou o general.

Desde o início da operação Pantanal II, em 5 de junho, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica apoiam as ações governamentais com o emprego de 457 militares, 8 aeronaves, 25 embarcações e 59 viaturas. Também foram disponibilizados rádios e rastreadores via satélite e antenas satelitais de internet.  Até o momento, foram transportados 208 agentes e 5,4 toneladas de equipamentos de combate ao incêndio. As ações ocorrem nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em apoio ao Ibama e ao CBM-MS, além da Polícia Federal e a Secretaria de Infraestrutura do Estado do Mato Grosso, pelo período de mais três meses.

A portaria 3.179 , assinada pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, estabelece a ativação do Comando Operacional Conjunto Pantanal II, comandado pelo General do Exército Luiz Fernando Estorrilho Baganha. Desde 14 de junho, o MD integra a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, presidida pela Casa Civil da Presidência da República e composta por 19 ministérios, com o objetivo de enfrentar a situação no Pantanal de forma permanente.

Por Helena L’acosta, do Ministério da Defesa

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