Skate por Lazer: iniciativa do Ministério do Esporte promove inclusão e acesso à modalidade
Programa pretende ampliar as políticas públicas para a prática do skate em todo o país
Nos últimos anos, o skate ganhou destaque no cenário esportivo como um esporte de alto rendimento. A medalha de bronze conquistada por Augusto Akio na final do skate park, na última quarta-feira (7/8), colocou a modalidade entre os 10 esportes com mais medalhas olímpicas no Brasil.
Ao todo, foram cinco pódios conquistados: três pratas e dois bronzes. Três dessas medalhas vieram do street, com destaque para a jovem Rayssa Leal e Kelvin Hoefler, e duas do park, com Akio e Pedro Barros. Todos os atletas foram apoiados pelo governo federal através do programa Bolsa Atleta.
Além de contar com o fomento do maior programa de incentivo individual ao esporte no mundo, o governo federal, por meio do Ministério do Esporte, desenvolve o projeto "Skate por Lazer" para ampliar as políticas públicas de esporte e democratizar o acesso recreativo ao skate. O projeto visa proporcionar infraestrutura física, material e humana para a prática esportiva em todo o país, com foco em áreas de vulnerabilidade social.
“O objetivo do programa é efetivamente buscar a democratização do acesso, promovendo o skate como uma política de lazer, inclusão e interação social, além de fomentar o alto rendimento. Hoje, o skate desponta como uma das principais modalidades esportivas no país,” afirma Paulo Henrique Cordeiro, secretário Nacional de Esporte Amador, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNEAELIS) do Ministério do Esporte.
O projeto piloto, cujo edital foi lançado para o período de 2023/2024, estima um investimento de R$ 2.788.500,00 em 15 núcleos localizados em diferentes municípios, beneficiando aproximadamente mil pessoas a partir dos seis anos de idade, incluindo crianças, jovens e adultos. O "Skate por Lazer" oferece profissionais qualificados, materiais esportivos, uniformes, além da realização de eventos para a promoção da modalidade.
Participação feminina
A inclusão do skate nas Olimpíadas de Tóquio 2020, com categorias masculinas e femininas, marcou um momento histórico para o esporte, elevando ainda mais a visibilidade e o reconhecimento das skatistas. O evento foi palco para que as mulheres brilhassem pela primeira vez nas categorias street e park. Os talentos e conquistas das participantes inspiraram e incentivaram outras mulheres a se dedicarem ao skate e buscarem o sucesso e evolução no esporte.
E o fomento à participação das mulheres também é uma prioridade do "Skate por Lazer", considerando que, historicamente, o envolvimento feminino na modalidade é menor do que o masculino. “Queremos ampliar o acesso das mulheres ao esporte. Nossa meta é democratizar a prática no Brasil e, dentro dos núcleos que estamos implantando, garantimos que no mínimo 50% das vagas sejam destinadas ao público feminino. Essa é uma forma do governo brasileiro incentivar a modalidade entre as meninas,” explica o secretário do Ministério do Esporte.
Um dos projetos em fase de estruturação, com previsão de início para setembro, é o "Skate por Lazer para Elas", promovido pela Federação de Skate do Distrito Federal. A iniciativa atenderá 64 alunos a partir dos seis anos de idade, terá duração de 11 meses e contará com um investimento de aproximadamente R$ 200 mil.
“Atenderemos alunos de escolas públicas com o objetivo de tornar o projeto o mais igualitário possível. O skate é isso, atinge várias faixas etárias e todos os gêneros. A modalidade ainda é predominantemente masculina e queremos mudar esse cenário,” relata o secretário-geral da Federação de Skate de Brasília, Pedro Sartre.
O representante da Federação completa que a iniciativa do Ministério em fomentar o skate no país é muito positiva. “Vemos com bons olhos essa ação e ficamos felizes. Poderemos desenvolver a modalidade desde a iniciação, não apenas focando na competição. Queremos fomentar a parte recreativa e usar o skate como ferramenta de transformação social,” finaliza Sartre.
Por: Ministério do Esporte
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