Arquivo Nacional e Correios discutem recuperação de documentos no RS
Responsável pela gestão do patrimônio documental do país, o Arquivo Nacional reforçou seu compromisso com a preservação patrimonial e orientação dos trabalhos junto aos arquivos afetados no estado
Na manhã da última quinta-feira (12/9), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), por meio do Arquivo Nacional (AN), reuniu-se em Brasília (DF) com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para tratar da gestão documental dos acervos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Na agenda, o Arquivo Nacional é responsável pela gestão do patrimônio documental do país e reforçou seu compromisso na orientação dos trabalhos para mitigação dos danos e preservação do patrimônio documental no estado.
Jean Camoleze, diretor de Gestão Documental do Arquivo Nacional, apresentou um panorama dos esforços da secretaria junto aos arquivos atingidos no estado, compartilhando o diagnóstico da equipe técnica após as visitas às unidades dos Correios em Porto Alegre (RS). O diretor destacou o compromisso da AN em monitorar, acompanhar e fiscalizar os arquivos afetados.
''A reunião entre o Arquivo Nacional e os Correios dá continuidade às ações diretas que estamos fazendo junto ao Arquivo do Rio Grande do Sul desde maio deste ano. Para nós do AN, ter esta parceria nos possibilita apresentar as relações de orientação e monitoria dos documentos, para que possamos recuperar estes registros e, cada vez mais, conscientizar os órgãos sobre preservação, para que possam tomar os cuidados necessários não somente lá no Rio Grande do Sul, mas nas outras unidades espalhadas pelo país'', comentou o diretor.
Os Correios apresentaram um panorama da situação de seus arquivos, da gestão e dos processos de recuperação que estão sendo realizados em suas unidades e receberam instruções, técnicas e normas emitidas pelo Arquivo Nacional em diálogo com os Arquivos do RS.
Os Correios integram o Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga), cujo órgão central é o Arquivo Nacional, e foram representados, por Tiago Meireles de Matos, chefe de Departamento, Helber Borges, gerente coorporativo e pelos arquivistas Valquiria Araújo, Daniela Matsuzaki e Fabrício Carpaneda, da equipe em Brasília, e de Porto Alegre, pelo chefe de Seção Gabriel Jacoby.
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Recuperação e preservação documental
Após as recentes enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Arquivo Nacional intensificaram seus esforços para preservar o patrimônio documental da região. Em colaboração com instituições locais e parceiros governamentais, foram tomadas medidas rápidas para instruir sobre procedimentos de preservação, realizar monitoramentos e oferecer orientação técnica.
Destaca-se, entre as medidas adotadas, a criação de um documento com orientações para a salvaguarda de arquivos após a inundação e a implementação do método de congelamento de documentos como uma estratégia eficaz para evitar danos irreparáveis aos materiais afetados pelas enchentes.
Esse processo envolve a remoção dos documentos, a intercalação com papel toalha para absorver a umidade e, em seguida, o acondicionamento em sacos selados e a remoção do ar antes de serem congelados. O congelamento impede o crescimento de fungos, permitindo que os documentos sejam posteriormente tratados de forma mais segura.
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