Brasil integra cooperação internacional no combate ao crime organizado
MJSP participa de encontro com juízes, procuradores e representantes de países da América Latina. Evento, que ocorre até sexta-feira (20), é uma oportunidade de troca de experiências e de aprimoramento do trabalho investigativo
A 1ª Reunião das Redes Latino-Americanas na Luta contra o Crime Organizado Transnacional reúne, até sexta-feira (20/9), em São Paulo (SP), juízes, procuradores, representantes do Governo Federal e integrantes de unidades de inteligência financeira de diversos países da América Latina. O objetivo é fortalecer a cooperação técnica e a troca de experiências no combate ao crime organizado, com ênfase na dimensão financeira.
A Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), participa do encontro por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI). O órgão é a unidade administrativa do Governo Federal responsável pelo tema e a autoridade central para a cooperação jurídica internacional. O departamento também atua na recuperação de ativos ilícitos e no combate à lavagem de dinheiro.
O coordenador de análise de pedidos de cooperação jurídica internacional em matéria penal do DRCI, Tony Gean de Castro, explica que o encontro é uma oportunidade de intercâmbio de ferramentas inovadoras e de boas práticas relacionadas à inteligência financeira e à investigação patrimonial. “É essencial focar nesse trabalho investigativo de descapitalizar e de cortar o fluxo financeiro das organizações criminosas. Como elas atuam em vários países, a cooperação entre autoridades internacionais é fundamental para recuperar ativos obtidos ilegalmente”, disse.
O evento
O encontro é promovido pelo Programa de Cooperação Internacional da União Europeia e busca aprimorar a troca de experiências e a cooperação técnica, com foco na dimensão financeira do crime organizado. Participam representantes de 32 redes e agências internacionais.
A finalidade é aumentar a eficácia das autoridades na luta contra o crime organizado transnacional por meio de estudos de caso e ferramentas inovadoras para a investigação de crimes financeiros com foco na inteligência financeira e na formação de provas judiciais.
O evento tem o apoio da EU Global Facility on Anti-Money Laundering and Countering the Financing of Terrorism (EU Global Facility), iniciativa da União Europeia criada para ajudar países a fortalecer suas capacidades de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Também apoia o encontro pela luta contra o crime organizado transnacional, que ocorre até sexta-feira em São Paulo, o Grupo de Ação Financeira da América Latina, organização intergovernamental a qual o Brasil integra. Ela tem como objetivo promover políticas de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo na América Latina.
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