Finep aplica R$ 2,9 mi na criação de bactérias que substituem fertilizante químico
Em parceria com a Unirio, financiadora de pesquisas vai apoiar cultura dessas bactérias e destinar gratuitamente a produção para agricultores
O presidente da Finep, Celso Pansera, e o vice-reitor da Unirio, professor José da Costa Filho, assinaram o documento na manhã de quarta-feira, 25/9. O projeto “Bioprospecção de bactérias endofíticas cultiváveis e sua utilização na agricultura nacional como novos agentes promotores de crescimento em plantas”, que será executado pela universidade, receberá recursos FNDCT não-reembolsáveis, da ordem de R$ 2,9 milhões.
As BPCP - bactérias promotoras de crescimento de plantas - são excelentes agentes de biocontrole e estimuladores de crescimento, nutrição e produtividade de plantas. São consideradas uma excelente alternativa para reduzir ou eliminar o uso dos agroquímicos sintéticos. Estudos provam que as BPCP podem aumentar o comprimento das raízes, sua resistência à umidade, seca e salinidade, sua tolerância a diferentes tipos de stress, promover o aumento do conteúdo da biomassa e de clorofila e controlar os fitopatógenos, entre outros benefícios.
O objetivo do desenvolvimento desses bioinsumos e entregá-los, gratuitamente, aos agricultores, para emprego na produção de alimentos, contribuindo para uma maior produtividade, com menos perdas e mais benefícios econômicos.
A utilização de bioinsumos em substituição às substâncias sintéticas, contribuirá, também, para a preservação e restauração do meio ambiente, com mínimo de perda e degradação ambiental. Hoje, a comercialização e aplicação desses agentes biológicos na agricultura ocorrem principalmente em países desenvolvidos, limitando seu sucesso nos países em desenvolvimento.
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Com a possibilidade da falta de fertilizantes em função da crise energética, em 2021, e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, tornou-se urgente a redução da dependência externa do Brasil. O projeto visa mitigar essa dificuldade.
Participou, ainda, da assinatura, a pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação da Unirio, professora Cleonice Bento.
Por Finep
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