Marina reforça compromisso com desmatamento zero até 2030
Durante bate-papo com radialistas nesta terça-feira (17), ministra do Meio Ambiente citou queda de 69% no índice de desmatamento na Amazônia em relação a 2022
Durante conversa com radialistas de todo o país nesta terça-feira, 17 de setembro, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) destacou os resultados recentes obtidos pelo país no combate ao desmatamento.
Nós conseguimos um resultado, nesses primeiros um ano e oito meses de governo do presidente Lula, de mais de 69% de queda. Mas queremos mais, queremos que tenha desmatamento zero na Amazônia, no Pantanal, na Caatinga, na Mata Atlântica"
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Na Amazônia, o desmatamento no mês de agosto foi o menor em seis anos, segundo dados do sistema de monitoramento Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A queda foi de 10,6% em relação a agosto de 2023, quando o país já havia retomado as políticas ambientais, e de 69,7% em relação ao mesmo mês de 2022.
"A meta de desmatamento zero é um compromisso do presidente Lula, do governo brasileiro, não apenas para a Amazônia, mas para todos os biomas. A meta, mais do que nunca, deve estar de pé até 2030", disse a ministra durante o Bom Dia, Ministra. "Nós conseguimos um resultado, nesses primeiros um ano e oito meses de governo do presidente Lula, de mais de 69% de queda. Mas queremos mais, queremos que tenha desmatamento zero na Amazônia, no Pantanal, na Caatinga, na Mata Atlântica", enfatizou.
Segundo Marina, o Governo Federal é o maior interessado em se manter na meta de não permitir que a temperatura da Terra aumente 1,5ºC e em reduzir a emissão de CO 2 na atmosfera. "Estamos vivendo sob efeitos das mudanças climáticas e eventos climáticos extremos. O que é um evento climático extremo é o fato de que numa hora você pode ter temperaturas muito altas ou temperaturas muito baixas, pode ter chuvas torrenciais ou secas que sejam muito severas", explicou.
Para Marina, se a humanidade não mudar drasticamente as emissões de CO 2 pelo uso do carvão, do petróleo, do gás e do desmatamento, o planeta pode ter sérias consequências. “O Brasil é um país altamente vulnerável, que pode prejudicar os seus sistemas agrícolas, de energia, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. É um evento extremo e cada vez mais o período de estiagem vai se alongando, o que cria grave prejuízo para a biodiversidade, florestas, sistemas agrícolas, inclusive encurtando o período das chuvas e diminuindo a superfície hídrica do país", frisou Marina.
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS — Durante o bate-papo, a ministra ressaltou que, além de combater o desmatamento e os incêndios, é fundamental que o Governo Federal faça a restauração e recuperação das áreas que vêm sendo constantemente degradadas. Disse, ainda, que é preciso que medidas sejam tomadas para que essas áreas não sejam usadas para auferir benefícios econômicos. "O Brasil tem uma meta de restauração de 12 milhões de hectares, e estamos trabalhando desde 2012 com essa meta. Já temos algo em torno de 5 milhões recuperados, seja por ação direta humana ou por recuperação natural, e é fundamental no Brasil não só proteger o que já existe, combater a destruição, mas também restaurar, regenerar o que foi perdido, em termos de biodiversidade, em termos de solo e outras atribuições", pontuou.
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