'Nunca mais o G20 vai acontecer sem a presença do povo', diz ministro Márcio Macêdo
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência e dirigentes da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, da Central Única das Favelas e do Instituto Decodifica explicam G20 Social
Nesta quinta-feira (17), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, participou de live promovida por veículos de imprensa sobre o G20 Social. Com o tema “Prosperidade global, desenvolvimento local: a sociedade fala”, o encontro transmitido ao vivo pelas redes sociais, reuniu também a diretora da Associação Brasileira de ONGs (Abong), Débora Rodrigues, a diretora do Instituto Decodifica, Mariana de Paula Santos, e o presidente da Central Única das Favelas (Cufa-RJ), Preto Zezé.
“O G20 Social é algo inédito; se der certo e vai dar, organizado pelo governo e pelas mãos da sociedade civil, nunca mais o G20 vai acontecer sem a presença do povo”, afirmou o ministro Márcio Macêdo sobre iniciativa promovida pelo Brasil, que está na presidência interina do fórum G20, que reúne as maiores economias do mundo.
A Cúpula do G20 Social será realizada de 14 a 16 de novembro no Rio de Janeiro, antecedendo o encontro de Chefes de Estado do G20, marcado para os dias 18 e 19, também na capital carioca. “O G20 Social foi idealizado para que povos do mundo inteiro possam dar as suas opiniões, possam colocar as suas digitais na proposta que sairá do debate da cúpula dos Chefes de Estado” explicou o ministro.
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A diretora da Abong, Débora Rodrigues, sintetizou a importância do G20: “Quando a gente se encontra na luta, a gente se fortalece”. É uma referência ao fato de o G20 Social abrir espaço para o intercâmbio de conhecimento e troca de experiência entre povos de diferentes nações, que enfrentam desafios semelhantes na seara econômica, de desigualdades ampliadas com as emergências climáticas, entre outros temas.
Mariana de Paula, do Instituto Decodifica, ressaltou que o G20 Social possibilita uma maior participação, de forma concreta, das periferias no encontro de Chefes de Estado do G20. “Qualquer novo modelo que venha a ser pensado num modelo sustentável precisa envolver as comunidades na conversa. Que impacto isso tem no nosso território e se isso vai ser considerado”, disse Mariana. “A gente está atrás da vida e não apenas da sobrevivência.”
Para o presidente da Cufa-RJ, Preto Zezé, o G20 Social possibilita o diálogo entre agendas distintas, porém correlacionadas. “Você não pode discutir direitos humanos e combate às desigualdades sem discutir o acesso ao crédito para empreendedores, a maioria mulheres nas favelas”, afirmou. De acordo com ele, a iniciativa brasileira do G20 estabelece espaços de participação política que vão além de eleições a cada dois anos.
No encontro, o ministro Márcio Macêdo disse que “a grande fotografia do G20 será o G20 Social”, e afirmou que a África do Sul já anunciou que vai dar continuidade à experiência brasileira. O país será o próximo a assumir a presidência interina do G20.
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