Feira estreita laços econômicos e culturais entre o Brasil e o continente africano
O evento foi encerrado neste sábado (26), com a presença do presidente da Fundação Palmares
Bastante reverenciado pelos participantes, João Jorge reiterou o apoio ao “início de uma trajetória empresarial e de intercâmbio”, que considera “fundamental para a população africana e para nós, que compartilhamos essa herança”.
Nelson Mendes, diretor da Fundação Palmares, já havia destacado a importância do empreendimento (o primeiro da América Latina destinado a empresas multissetoriais dos países africanos), na solenidade de abertura, sexta (25).
“Nós temos a missão de preservar e valorizar a cultura afro-brasileira. É fundamental estarmos presentes em um evento como este, que conta com representações tão importantes do continente africano”, resumiu Mendes.
NEGÓCIOS . Com a exposição de cerca de 200 empresas e a participação de embaixadores e cônsules de diferentes países africanos e latino-americanos, a “Expo África” abrigou fóruns de imersão e de negócios e manifestações e produtos artístico-culturais.
O objetivo foi promover a aproximação do Brasil com o terceiro maior continente do mundo, por meio do desenvolvimento de negócios, do fortalecimento do turismo e da troca de know how , envolvendo arte e cultura do Brasil, da África e da América Latina.
“Atualmente, um dos nossos maiores ativos é o turismo internacional, e estamos planejando um tour pelo continente africano, para fortalecer as relações com o Brasil”, anunciou Rui Alves, titular da Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo, ainda durante a abertura da Expo.
IMERSÃO . O entusiasmo foi compartilhado pela diplomata ganense Abena Pokua Adompim Busia: “Estamos muito felizes em abraçar o espírito desta exposição. Reconhecemos que a África vive no coração do Brasil e que, em muitos aspectos, a África é o Brasil”.
Mas, como pontuou, “apesar dessa conexão profunda, ainda conhecemos pouco uns sobre os outros” – daí a importância desse tipo de iniciativa, que “oferece uma plataforma para aprofundar nosso entendimento mútuo”.
Presidente do Instituto Literáfrica, João Canda corroborou o potencial do evento, que “oferece ao Brasil uma imersão profunda no continente africano, revelando uma África ainda desconhecida para muitos, uma África que, para alguns, parece ter parado no tempo”.
PALMARES . A “Expo África Brasil” é fruto do trabalho do Instituto Literáfrica, organização fundada em 2011, e que, ao longo desses anos, promove a conexão entre o Brasil e as nações africanas, por meio desse tipo de iniciativa, que tende a crescer, como acredita Abena Busia.
“E voltar no próximo ano com ainda mais representantes de Gana e de outras nações africanas”, disse, ressaltando o papel da Fundação Cultural Palmares, “que sempre reconheceu a importância da África para o Brasil, e sua presença aqui hoje reflete esse compromisso”.
Um compromisso que é do Governo Lula e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que enviou saudações aos participantes, devidamente repassadas pelo diretor Nelson Mendes e pelo presidente da Fundação, João Jorge Rodrigues.
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