Social e Políticas Públicas

Incra e Federal do Maranhão iniciam mestrado em Comunicação com foco em reforma agrária

15 pós-graduandos da turma especial de mestrado profissional em Comunicação Social, voltado para o público da reforma agrária

Agência Gov | via Incra
17/10/2024 10:55
Incra e Federal do Maranhão iniciam mestrado em Comunicação com foco em reforma agrária
Incra
Nova turma do curso de Comunicação Social, parte do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária

O dia 14 de outubro foi encerrado com ares festivos. Teve música, declamação de versos e ornamentação artesanal para receber os 15 pós-graduandos da turma especial de mestrado profissional em Comunicação Social na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O curso é realizado por meio de parceria do Incra, via Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), com a instituição de ensino superior. É voltado para o público da reforma agrária, profissionais de nível superior que atuam com extensão rural em áreas de assentamento e territórios quilombolas, além de servidores da autarquia.

Na abertura oficial do curso, o chefe da Divisão de Desenvolvimento e Educação nos Assentamentos do Incra, Fabrício Souza Dias, lembrou a importância de ter na mesa do evento representações do instituto, da UFMA e de movimentos sociais do campo. “Sem este tripé, o programa não se sustenta”, reforçou. Dias afirmou que “durante muito tempo a educação foi um latifúndio”. “É preciso que se ocupe este latifúndio, os povos do campo tem que estar na educação em todos os níveis, desde a educação de jovens e adultos (EJA) até a pós-graduação”, reforçou.

Para o superintendente substituto do Incra no Maranhão, Levi Pinho Alves, o curso de mestrado na UFMA representa a retomada do Pronera no estado e o fortalecimento do instituto. “Um Incra forte passa pelo reforço da ação de aquisição de terras para criar assentamentos, quanto pelo desenvolvimento das áreas de reforma agrária. Eu vejo a educação como uma ferramenta neste desenvolvimento”, falou.

Maria Leda Ribeiro, do setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), disse que o curso é fruto da coletividade e que todos seguem no desafio de ampliar a educação no campo. Para Leda, esse mestrado é uma “luta por uma comunicação mais justa, inclusiva e diversa, capaz de promover debate de ideias e de questionar discursos dominantes”.

A diretora de Pós-Graduação da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização da UFMA, Rosângela Fernandes, encerrou a noite afirmando que o “conhecimento é do povo e é fundamental que alcance o povo”.

A servidora do Incra, Cristiane Santiago, lotada na superintendência regional em Goiás, foi selecionada como aluna da pós-graduação. “Estudar e aprofundar o conhecimento na área em que trabalho todos os dias era um anseio antigo. Agora, poder fazer isso num curso pensado e voltado para pessoas que atuam nas áreas de comunicação e da educação de agricultores familiares assentados, povos da floresta, ribeirinhos e quilombolas está numa outra dimensão, extrapola o âmbito da academia e ganha contornos de realidade vivenciada”, destacou.

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