Mercado de trabalho tem 74% das vagas de agosto preenchidas por público do CadÚnico
Segundo dados do Caged, beneficiários do Bolsa Família ocuparam 50% dos postos. Comparado com agosto de 2023, houve um aumento de 5,85% no saldo de empregos
O registro na carteira de trabalho da população em situação de vulnerabilidade tem sido cada vez mais frequente nos últimos meses. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que agosto foi o quarto melhor mês do ano, em termos de saldo de empregos, com 232.513 vagas geradas.
Deste total, 171.881 vagas de emprego, ou 74%, foram preenchidas pelo público inscrito no Cadastro Único e 116.771 (50%) por beneficiários do Bolsa Família. Portanto, os inscritos no CadÚnico, mas que não recebem pelo programa de transferência de renda, conquistaram 55.110 vagas de emprego, ou 23,7% do total das oportunidades geradas.
Em comparação a agosto de 2023, que registrou um saldo de 219.669 empregos, houve um aumento de 5,85% no mesmo mês este ano.
O ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comemorou os resultados e reforçou o trabalho do Governo Federal para ampliar as oportunidades de emprego e geração de renda.
“O saldo positivo do Caged, mês após mês, mostra que as ações de apoio ao emprego e ao empreendedorismo estão dando resultados. Queremos não só tirar as pessoas da fome, mas também garantir que, pelo trabalho ou por um negócio, elas possam ter uma vida melhor”, disse o titular do MDS.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o saldo de empregos foi de 1.726.489 vagas criadas, um desempenho superior ao mesmo período de 2023, que registrou 1.392.484 de empregos gerados.
Para o público do Cadastro Único, foram disponibilizadas 1.322.029 vagas de empregos, que representam 76,6% do total nos primeiros oito meses do ano. Deste montante, 956.128 vagas de empregos, que somam 72,3%, foram para os beneficiários do Bolsa Família, significando 55,4% do total. E, 365.901 empregos (27,7%) para o público do Cadastro Único que não é beneficiário do Bolsa Família (21,2% do total).
MEIs
O MDS e o Sebrae realizaram um estudo que revelou que aproximadamente 30% de todos os microempreendedores individuais (MEI) do país estão no CadÚnico. O levantamento também apontou o perfil predominante nesse público: pessoas não brancas (63%) e do sexo feminino (55%), que representam a parcela mais vulnerável da população brasileira.
O estudo “Empreendedorismo nas Famílias de Baixa Renda”, divulgado em julho, com dados coletados no final de 2023, também identificou que de 4,6 milhões de MEIs que estão no CadÚnico, cerca de 52% (2,43 milhões) se formalizaram depois de se inscreverem nos programas de inclusão do Governo Federal.
Caged
O Caged foi criado pela Lei 4.923 de 1965, quando se instituiu a obrigatoriedade das informações sobre admissões, desligamentos e transferências. É um instrumento de acompanhamento e de fiscalização do processo de admissão e de dispensa de trabalhadores regidos pela CLT, com o objetivo de assistir os desempregados e de apoiar medidas contra o desemprego.
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