Agricultura

Rio Negro reage e nível atinge estabilidade na capital do Amazonas

Novo boletim de monitoramento hidrológico do Serviço Geológico do Brasil, divulgado na segunda-feira (22), indica que cota chegou a 12,5 m. Neste ano, a baixa chegou a 12,2

Agência Gov | via SGB
22/10/2024 16:20
Rio Negro reage e nível atinge estabilidade na capital do Amazonas
SGB
Boletim do Serviço Geológico do Brasil, divulgado na segunda-feira (22), indica que cota chegou a 12,5 m

O Rio Negro está em fase de estabilidade da vazante em Manaus (AM) e apresenta pequenas subidas diárias, conforme indica o 44º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas do Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com os dados divulgados na segunda-feira (21), a cota chegou a 12,5 m na capital. Apesar disso, os níveis ainda são muito baixos para o período.

“Ainda é cedo para dizer que o processo de vazante encerrou porque precisamos analisar a bacia como um todo. A região do Rio Solimões, por exemplo, passa por esse processo de recuperação: há subidas em Tabatinga (AM), na parte média da bacia, e também em Manacapuru (AM). Além disso, há chuvas previstas na região para os próximos sete dias. Já na parte sul do estado, o Rio Madeira voltou a descer e apresenta oscilações. O Alto Purus também apresentou oscilações e já voltou a descer, e, na parte norte da bacia, na região de São Gabriel da Cachoeira, foram observados declínios no início da semana”, explica a superintendente regional de Manaus, Jussara Cury.

As cotas atuais dos rios podem ser conferidas no 44º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas

Mínimas históricas

Neste ano, mínimas históricas foram registradas em mais de dez municípios da Bacia do Rio Amazonas, monitorados pelo SGB. No dia 12 de outubro, o Negro atingiu a cota mais baixa dos últimos 122 anos: 12,26 m.

Rio Município Cota mínima recorde em 2024 Data da mínima Mínima anterior
Negro Manaus (AM) 12,26 m 12/10/2024 12,70 m (2023)
Solimões

Tabatinga (AM)

-2,54 m 26/09/2024

-86 cm (2010)

Solimões

Fonte Boa (AM)

7,14 m

12/10/2024

8,02 m (2010)

Solimões

Itapéua (AM)

-29 cm

07/10/2024

1,31 m (2010)

Solimões

Manacapuru (AM)

2,07 m

14/10/2024

3,11 m (2023)

Acre

Rio Branco (AC)

1,23 m

21/09/2024

1,24 m (2022)

Purus

Beruri (AM)

2,59 m

13/10/2024

4,07 m (2023)

Madeira

Porto Velho (RO)

19 cm

11/10/2024

1,10 m (2023)

Madeira

Humaitá (AM)

8,04 m

14/10/2024

8,10 m (2023)

Amazonas Careiro da Várzea (AM) 8 cm 06/10/2024 30 cm ( 2023)
Amazonas Itacoatiara (AM) -11 cm 13/10/2024 36 cm (2023)
Amazonas Óbidos (PA) -1,22 m 12/10/2024 -93 cm (2023)
Amazonas Almeirim (PA) 82 cm 12/10/2024 1,95 m (2023)
 

Apoio aos municípios

Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB disponibiliza aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal repositório de dados de poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento. O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e caracterizando porções de territórios municipais sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial.

Parceria

O monitoramento dos rios é realizado a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações coletadas por equipamentos automáticos, ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros, são disponibilizadas na plataforma SACE.

Por Larissa Souza, Serviço Geológico do Brasil

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