Censo Demográfico auxilia na elaboração de políticas públicas como o Brasil Saudável
Presente em evento sobre o censo, Secretária de Vigilância do Ministério da Saúde lembra que recorte raça/cor é fundamental para direcionar ações para populações mais vulnerabilizadas
Na quinta-feira (12/12) a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA) , Ethel Maciel, esteve presente na divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2022: Características dos Domicílios, resultados preliminares da amostra , realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , em Vitória.
O censo demográfico é a principal de informações sobre a população brasileira e suas condições de vida, desempenhando um papel estratégico para a formulação e acompanhamento de políticas públicas em diversas áreas, inclusive na saúde.
Um dos recortes utilizados na pesquisa foi sobre cor ou raça da pessoa entrevistada. Para Maciel, esse recorte é fundamental para as políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, como por exemplo o programa Brasil Saudável , que tem como o objetivo de eliminar doenças que afetam pessoas em áreas de maior vulnerabilidade social. Esses recortes direcionam as ações, promovendo justiça social e equidade.
A condição de ocupação do domicílio, material das paredes externas e número de cômodos e dormitórios também foram alguns dos pontos investigados pelo censo que podem agravar desigualdades no acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) . Os dados sobre condições habitacionais ajudam a identificar fatores de risco para doenças, subsidiando ações preventivas e corretivas na área da saúde.
“Esses dados são muito importantes para a incorporação de políticas públicas e para a compreensão das diferenças regionais. E, principalmente, das diferenças de raça/cor para pensarmos em ações para um Brasil mais justo, como estamos fazendo desde 2023 em um governo que combate à pobreza e a desigualdade social demonstrados aqui nessa pesquisa”, destaca Maciel.
No ano passado, a pasta publicou o boletim epidemiológico “Saúde da População Negra” que revelou que os índices de saúde no Brasil são piores entre pessoas prestas. Em 2021, mais de 60% das mortes por Aids foram de pessoas pretas e pardas. Além disso, 67% das gestantes diagnosticadas com HIV eram negras e 70% das crianças com sífilis congênita eram filhas de mães negras.
Confira os boletins
Assista à divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2022: Características dos Domicílios
João Vitor Moura
Ministério da Saúde
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